Acompanhe a cobertura do evento que comemora os 95 anos da Folha com a presença de renomados profissionais da imprensa em oito debates
A Folha celebra seus 95 anos com um ciclo de debates sobre os desafios do jornalismo no século 21 e a crise política e econômica brasileira.
O Encontro Folha de Jornalismo é realizado no MIS (Museu da Imagem e do Som) de São Paulo nesta quinta-feira (18) e sexta-feira (19).
Oito mesas, quatro a cada dia, reúnem alguns dos principais profissionais da imprensa brasileira e internacional. Confira a programação completa.
"Após o 11 de Setembro, os EUA tentaram frear a lavagem de dinheiro no mundo porque descobriram que os grupos terroristas utilizavam os mesmos canais que outros grupos", diz Carvalho.
Carvalho afirma ainda que a Lava Jato apresenta outras novidades em relação a outras operações, como a delação premiada e a cooperação entre os países. Antes, a investigação era mais baseada em escutas telefônicas.
Mario Cesar Carvalho, repórter especial da Folha, conta que a operação Lava Jato é uma consequência dos erros de outras operações sobre corrupção no país que acabaram sendo anuladas no Judiciário devido a erros processuais.
Thiago Herdy começa falando que ao, saber que o grupo Odebrecht patrocinava o Encontro Folha de Jornalismo, refletiu se isso causaria algum constrangimento pelo falo dele cobrir a Lava Jato. Mas logo decidiu que não haveria nenhum problema pois ele e a Abraji acreditam que qualquer debate sobre jornalismo deve ser público e transparente.
Participam da mesa Mario Cesar Carvalho, repórter especial da Folha, Thiago Herdy, presidente da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) e repórter do jornal "O Globo" e a colunista Mônica Bergamo, da Folha.
O Encontro Folha de Jornalismo volta agora com o terceiro debate do dia. Três dos principais repórteres investigativos do país revelam detalhes da Lava Jato, operação que eletriza o país e já provocou a prisão de políticos, banqueiro e empresários.
Enquanto isso, confira aqui os vídeos sobre os debates do primeiro dia do evento.
O Encontro Folha de Jornalismo agora faz uma pausa de cerca de 30 minutos e volta com a terceira mesa do segundo dia: "Os bastidores da cobertura da Lava Jato".
Encerrando a mesa, os s participantes contaram os motivos pelos quais acreditam cobrir conflitos. Wainer disse acreditar que é o medo, que o trabalho acaba fazendo ele enfrentar medos e descobrir as histórias. Mayte disse que não se trata de motivos humanitários, pois percebeu que independente da empolgação do jornalista, as coisas não mudam. "A Síria foi uma lição, não importa o que você fizer, você não consegue mudar o mundo."
Questionado pela plateia sobre as dificuldades linguísticas na cobertura, James Harkin diz contar com moradores locais que o ajudam, pois fala muito pouco árabe. E alerta que há um problema em se confiar demais nos fixers (jornalistas locais que auxiliam jornalistas estrangeiros) que, mesmo quando pagos, têm um motivo político para o trabalho, pois eles acabam mostrando apenas um lado da história.