Acompanhe a cobertura do evento que comemora os 95 anos da Folha com a presença de renomados profissionais da imprensa em oito debates
A Folha celebra seus 95 anos com um ciclo de debates sobre os desafios do jornalismo no século 21 e a crise política e econômica brasileira.
O Encontro Folha de Jornalismo é realizado no MIS (Museu da Imagem e do Som) de São Paulo nesta quinta-feira (18) e sexta-feira (19).
Oito mesas, quatro a cada dia, reúnem alguns dos principais profissionais da imprensa brasileira e internacional. Confira a programação completa.
"Se depender de mim, vai radicalizar ainda mais. Desde que seja uma radicalização com verbo", afirma Reinaldo Azevedo sobre a polarização política do país.
"A disseminação de informação é tão grande que o leitor precisa que alguém filtre isso com sua visão de mundo", diz Melo.
Para Melo, a época atual não é a de maior polarização política que o país já viveu. "Se pensarmos na época do Getúlio Vargas, nenhum presidente se suicidou até agora pelo que eu saiba."
"Jornalismo e opinião são quase um pleonasmo. O jornalismo de opinião não se restringe às colunas, ela aparece em uma manchete , em uma cabeça de página. Mas há uma forma explícita, que é o nosso das colunas, e implícita", afirma Ricardo Melo.
"Hoje há uma polarização muito grande de opiniões na sociedade, e quem trabalha com internet percebe isso muito bem porque existe uma caixa de comentários. Às vezes você fica até deprimido, porque a vida inteligente passa longe dali", afirma Josias de Souza.
Participam Josias de Souza, blogueiro e articulista do portal UOL Reinaldo Azevedo, colunista da Folha e da "Veja", Ricardo Melo, colunista da Folha e diretor da EBC (Empresa Brasil de Comunicação) e Bernardo Mello Franco, colunista da Folha.
A última mesa do Encontro Folha de jornalismo vai tratar da opinião no jornalismo. O título é "Sai, Dilma/Fica, Dilma - O que eu acho do jornalismo de opinião".
"Dificilmente sobreviveria no cargo uma figura de engavetador como a do Geraldo Brindeiro, é uma coisa do passado", afirma Mario Cesar Carvalho, sobre o ex-procurador-geral da República que ficou famoso no mandato de Fernando Henrique Cardoso por arquivar investigações.
Thiago Herdy, presidente da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo)
Para Carvalho, "o grande mérito da Lava Jato é um método para organizar as informações, não são tanto os recursos computacionais. A PF brasileira ainda está muito atrasada nessa área".