Acompanhe a cobertura do evento que comemora os 95 anos da Folha com a presença de renomados profissionais da imprensa em oito debates
A Folha celebra seus 95 anos com um ciclo de debates sobre os desafios do jornalismo no século 21 e a crise política e econômica brasileira.
O Encontro Folha de Jornalismo é realizado no MIS (Museu da Imagem e do Som) de São Paulo nesta quinta-feira (18) e sexta-feira (19).
Oito mesas, quatro a cada dia, reúnem alguns dos principais profissionais da imprensa brasileira e internacional. Confira a programação completa.
O Encontro Folha de Jornalismo volta agora com o terceiro debate do dia. Dois ex e uma atual ombudsman comentam os dilemas que cercam o cargo, a nova lei de direito de resposta e os erros mais frequentes da imprensa.
Enquanto isso, confira aqui a reportagem sobre a abertura do evento com a fala de Otavio Frias Filho, diretor de Redação da Folha.
O Encontro Folha de Jornalismo faz uma pausa de 30 minutos e volta com a terceira mesa do evento: "Erramos, ex-ombudsmans discutem o direito de defesa".
Clóvis Rossi, repórter especial e colunista da Folha, encerra a segunda mesa de debates com uma citação: o problema dos jornalistas é que eles escrevem hoje de assuntos que só irão entender amanhã.
Lúcio Flávio Pinto afirma que é muito comum ver nas redes sociais se falar de um suposto "PIG, Partido da Imprensa Golpista" formado pelos grandes grupos de comunicação. Mas ele diz que isso não existe, pois não há qualquer prova de articulação dos donos dos veículos para um golpe. Ele afirma que há preferências dos veículos e cada um destaca o que acha mais benéfico à sociedade, mas isso é um pressuposto da democracia. "Não há nada pior do que uma imprensa chapa branca", afirma.
(Lúcio Flávio Pinto, criador do "Jornal Pessoal")
A plateia pergunta a Eugenio Martínez, jornalista político venezuelano, sobre o que acontece quando a imprensa deixa de ser oposição e passa a apoiar golpes de Estado. Ele responde que, independentemente de casos específicos, o problema é quando se encara qualquer crítica ao governo como uma intenção golpista, como ocorre atualmente na Venezuela e Argentina.
(Hugo Alconada Mon, secretário-assistente de Redação do jornal argentino "La Nación")
Flávio Pinto conta que decidiu criar seu "Jornal Pessoal" em 1987 para contar histórias que "nunca seriam publicadas" na imprensa tradicional mesmo depois do fim da ditadura.
O jornalista Lúcio Flávio Pinto diz ainda que "há algo errado na nossa democracia". Conta que na época da ditadura foi processado apenas uma vez, mas que na democracia já foi processado mais de 30 vezes, condenado quatro, além de ter sido e agredido e ameaçado de morte inúmeras vezes.