A Folha promove nesta segunda (21) e terça-feira (22), com o patrocínio da Clua (Climate and Land Use Alliance), o Fórum Desmatamento Zero, que discutirá propostas e estratégias para eliminar o desmatamento no Brasil e a emissão de gases de efeito estufa causada por ele.
O seminário reúne 21 convidados para as palestras e debates. Participam das dicussões Maria Lúcia de Oliveira Falcón, presidente do Incra, Raimundo Deusdará Filho, diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro e Thelma Krug, assessora de Cooperação Internacional do Inpe, entre outros nomes.
Os temas principais são o conceito de desmatamento ilegal zero defendido pelo governo federal, as metas brasileiras para a Conferência do Clima em Paris e o papel das cadeias produtivas –pecuária à frente– na eliminação do desflorestamento, além da exploração ilegal de madeira.
Os debates e palestras acontecem no Tucarena (rua Monte Alegre, 1.024, Perdizes), das 9h às 13h.
"Não vamos chegar a Paris com um meta de desmatamento zero."
Ele fala da necessidade de uma lógica territorial, uma meta nacional, a partir da qual sejam definidas as ações. "Para o acordo de Paris, cada país vai apresentar uma meta e depois definir ações e setores prioritários".
De acordo com ele, é preciso buscar um meio termo entre a preservação e o uso econômico. "Florestas não são só geradoras de emissões, elas sofrem os efeitos da mudança do clima e das populações que lá vivem".
"Todo esforço que o pais colocou na redução do desmatamento trouxe resultados", afirma.
"Isso permite que cheguemos a Paris com meta ambiciosa."
"É fato reconhecido que o Brasil foi o país que mais vêm contribuindo para a redução de emissões, embora sem a obrigação legal de fazê-lo", afirma o chefe da divisão de Clima, Ozônio e Segurança Química do Ministério das Relações Exteriores.
Ele defende que as emissões brasileiras de 1992 a 2005 não foram vergonhosas, pois os compromissos só valiam para os países desenvolvidos.
"Estamos na iminência de um novo instrumento para dar suporte à convenção do clima. Conceito de diferenciação dos países por questão de equidade", diz Lucero.
"A nossa contribuição será apresentada em breve, e teve participação de vários setores."
Para ele, o debate sobre a mudança do clima precisa envolver toda a sociedade.