A Folha promove nesta segunda (21) e terça-feira (22), com o patrocínio da Clua (Climate and Land Use Alliance), o Fórum Desmatamento Zero, que discutirá propostas e estratégias para eliminar o desmatamento no Brasil e a emissão de gases de efeito estufa causada por ele.
O seminário reúne 21 convidados para as palestras e debates. Participam das dicussões Maria Lúcia de Oliveira Falcón, presidente do Incra, Raimundo Deusdará Filho, diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro e Thelma Krug, assessora de Cooperação Internacional do Inpe, entre outros nomes.
Os temas principais são o conceito de desmatamento ilegal zero defendido pelo governo federal, as metas brasileiras para a Conferência do Clima em Paris e o papel das cadeias produtivas –pecuária à frente– na eliminação do desflorestamento, além da exploração ilegal de madeira.
Os debates e palestras acontecem no Tucarena (rua Monte Alegre, 1.024, Perdizes), das 9h às 13h.
Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima, começa o debate falando da importância do compromisso do Brasil em ações para conter o desmatamento.
Começa o segundo painel do dia, "Qual a importância do Desmatamento Zero na Conferência de Paris?", com a participação de Carlos Rittl, do Observatorio do Clima, Everton Lucero, do Ministerio das Relações Exteriores e Roberto Waack, presidente do conselho de administração da Amata S.A.
Pausa para o café no fórum. Voltamos em breve.
"Pensar que o Brasil vai encerrar o desmatamento ilegal só em 2030 é fora da realidade em um momento em que a sociedade brasileira demanda por mais justiça", conclui.
O professor diz ainda que o país segue vivendo com uma "visão energética do século 20, talvez até do 19".
"Não existe uma política descarbonizante no Brasil", afirma Viola.
"As políticas dos governos do PT são de alto carbono, com estímulo ao pré-sal e à gasolina", afirma. "Foi um governo conservador no sentido energético."
Ele diz ainda que as metas de INDC (meta quantitativa de redução de gases do efeito estufa) do Brasil são pouco relevantes. "O governo brasileiro perdeu credibilidade na economia e também na área climática", diz.
De acordo com Viola, o Brasil emitiu carbono entre 1992 e 2005 de forma predatória, sem gerar riqueza. "É coisa de país de renda baixa, não de renda média como o Brasil".
Outro problema, de acordo com ele, é que os tratados internacionais não têm "dentes"; isto é, não punem quem não cumpre os acordos de redução, como o Canadá.