A Folha promove nesta segunda (21) e terça-feira (22), com o patrocínio da Clua (Climate and Land Use Alliance), o Fórum Desmatamento Zero, que discutirá propostas e estratégias para eliminar o desmatamento no Brasil e a emissão de gases de efeito estufa causada por ele.
O seminário reúne 21 convidados para as palestras e debates. Participam das dicussões Maria Lúcia de Oliveira Falcón, presidente do Incra, Raimundo Deusdará Filho, diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro e Thelma Krug, assessora de Cooperação Internacional do Inpe, entre outros nomes.
Os temas principais são o conceito de desmatamento ilegal zero defendido pelo governo federal, as metas brasileiras para a Conferência do Clima em Paris e o papel das cadeias produtivas –pecuária à frente– na eliminação do desflorestamento, além da exploração ilegal de madeira.
Os debates e palestras acontecem no Tucarena (rua Monte Alegre, 1.024, Perdizes), das 9h às 13h.
De acordo com Nappo, a JBS tem o maior sistema de monitoramento do planeta, cerca de 74 milhões de hectares.
"Desde 2010 montamos o sistema socioambiental de fornecedores da JBS, que cruza dados fornecidos pelos produtores com os do Prodes (sistema oficial de monitoramento por satélite), com o Ibama e com a lista de trabalho escravo para verificar se nossos fornecedores estão obedecendo as regras ambientais."
Segundo o diretor de sustentabilidade da JBS, desde 2009, algumas empresas, como a própria JBS, passaram a trabalhar monitorando as cadeias de fornecimento e proibindo desmatamento nos fornecedores.
"Pecuária, na minha opinião, é o ponto central das emissões de carbono, do desmatamento, no Brasil.".
"A pecuária foi uma estratégia simples e barata para ocupar o território nacional, hoje, ela já é uma atividade econômica", diz Nappo.
O Brasil tem uma liderança em tecnologia na agricultura, enquanto que na pecuária é muito atrasada, afirma Nappo, acrescentando que "dá para por boa parte da Europa dentro dos nossos pastos".
Assim, o primeiro painel terá Márcio Nappo, diretor de sustentabilidade da JBS Brasil, Laurent Micol, coordenador-sênior de incentivos econômicos do Instituto Centro de Vida (ICV) e Nilo Dávila, do Greenpeace.
O próximo debate tem uma mudança de convidados: Nilo Dávila, do Greenpeace, assume o lugar de André Nassar, do Ministério da Agricultura.
"Não são outros países que vão dizer como a gente vai cuidar do nosso patrimônio, como a gente vai cuidar daqui. Isso quem vai decidir é a gente", afirma Almir.
"Ficamos muito tempo esperando as ONGs fazerem as coisas por nós, mas esse não é o papel delas. Elas têm de nos ajudar, mas quem tem que fazer por nós somos nós mesmos."