Atos contra o governo Dilma são realizados neste domingo (15) em cidades de ao menos 16 Estados, além do Distrito Federal.
Em São Paulo 240 mil manifestantes se reúnem em frente ao Masp, segundo a Polícia Militar.
Em Brasília, 40 mil pessoas se reuniram na Esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso Nacional. O público já se dispersa.
No Rio de Janeiro, a concentração é na orla de Copacabana, onde mais de 15 mil manifestantes fecharam a av. Atlântica.
Também há protestos em Recife, Belo Horizonte, Salvador e São Luís, entre outras cidades.
Os atos, que tiveram adesão mais forte do que o previsto pelo governo, foram classificados de "significativos" por assessores presidenciais. O Planalto comemorou o fato de terem transcorridos sem incidentes.
Neste momento, 20 "Carecas do Subúrbio" estão sendo conduzidos ao 2º D.P. Foram apreendidos fogos de artifícios com eles.
— POLÍCIA MILITAR - SP (@PMESP) 15 março 2015
SÃO PAULO - Viúva do delegado Sergio Paranhos Fleury, Maria Isabel Fleury, 83, foi à Paulista pedir o impeachment da Dilma e a volta dos militares. "Eu amo os militares. Na época deles era melhor. Espero que a Dilma renuncie", disse.
NOVA YORK - Ao som do hino nacional e de gritos de "fora PT, leva a Dilma com você", cerca de 100 pessoas se reuniram na Union Square, em Nova York, neste domingo (15) para ecoar na cidade norte-americana as manifestações que acontecem no Brasil.
SÃO PAULO - A jovem que quase foi atingida por um explosivo lançado de cima do Masp durante a manifestação disse que ela estava na rua Itupeva no momento do ataque. "Quase acertou na gente. [A bomba] veio lá de cima [do museu]", disse.
SÃO PAULO - Manifestantes hostilizam um simpatizante do PT que colocou uma camiseta vermelha na janela de seu apartamento próximo à avenida Brigadeiro Luís Antônio. Eles mandam o homem ir para Cuba.
Os restaurantes e bares na região da avenida Paulista dizem ter aumentado o faturamento por conta do protesto. Uma pastelaria próxima à esquina com a avenida Brigadeiro Luís Antonio vendeu mais que o dobro de pastéis em relação a um domingo comum.
CURITIBA - Protesto contra o governo federal reúne cerca de 50 mil na Praça Santos Andrade, no centro da capital paranaense. Crédito: Lucas Pontes/UOL
CUIABÁ - Marcada para a tarde deste domingo (15), o ato contra o governo federal em Cuiabá reúne cerca de 300 pessoas, segundo a Polícia Militar. Vestidos de verde e amarelo, gritam "fora, Dilma". A marcha vai seguir até a praça 8 de Abril, em Cuiabá.
SÃO PAULO - A quantidade de palavrões e xingamentos frequentes na manifestação lembram estádios de futebol. O que mais se houve é "Hei, Dilma, vai tomar no c...". Muitas pessoas usam camisetas com a imagem de uma mão sem o dedo mínimo com a palavra "basta", em alusão ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não tem um dos dedos. Essa camiseta foi feita pelo grupo Vem Pra Rua, um dos organizadores do ato. "Quem não pula quer tarifa" era um canto comum nos protestos do Movimento Passe Livre. Os manifestantes do MBL (Movimento Brasil Livre) adaptaram para "quem não pula é comunista"
SÃO PAULO - O deputado federal Paulinho da Força (SD-SP) foi hostilizado pelos manifestantes que acompanhavam um dos caminhões da central sindical, que é ligada ao Solidariedade, partido do deputado. Paulinho falaria depois de Ronaldo, o Fenômeno, e Wanessa Camargo, que cantou o hino nacional. Mas, quando ia começar a falar, voltou atrás após vaias e xingamentos. Desceu do caminhão e seguiu em direção a um quiosque, na esquina da avenida Paulista com a rua Augusta, onde o partido pedia assinaturas para um abaixo-assinado pelo impeachment de Dilma. "Desisti. Pra você ver como esse governo acabou com tudo, até com a classe política", disse à Folha . Paulinho falou com senador Aécio Neves (PSDB) por volta das 13h30. Estavam surpresos com o resultado das manifestações e marcaram reuniões dos partidos de oposição para estudar se há, juridicamente, possibilidade para um pedido de impeachment oficial (em nome da oposição).