O senador Aécio Neves (PSDB) e a presidente Dilma Rousseff (PT) participam do segundo debate do segundo turno da eleição presidencial.
Organizado pelo portal UOL, empresa do Grupo Folha, que edita a Folha, pelo SBT e pela rádio Jovem Pan, o debate será mediado pelo jornalista Carlos Nascimento.
O debate teve duração de 1h20 e foi dividido em três blocos, tendo perguntas livres entre Dilma e Aécio, mas não de jornalistas. Começou com os dois candidatos respondendo a pergunta "Por que o senhor quer ser presidente?".
A transmissão da Folha é comentada pelos colunistas Clóvis Rossi e Eliane Cantanhêde, além de contar com a participação dos jornalistas Marina Dias, Andreia Sadi, Daniela Lima, Cátia Seabra, Paulo Gama, Bernardo Mello Franco, Joelmir Tavares e Mônica Bergamo, que acompanham o debate nos estúdios, e dos repórteres Samantha Lima, Gustavo Patu, Paulo Peixoto, Fabio Takahashi e Johanna Nublat.
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Dilma e Aécio durante o debate; veja galeria de fotos
Sobre os ataques pessoais, José Américo (PT) diz que não acha que o comentário sobre o bafômetro seja classificado como tal. "É exame ao qual todo mundo está submetido. Não pode querer ter cargo público e querer justificar fugir do teste do bafômetro. Carro é uma arma, não é uma coisa pessoal."
Vice na chama tucana, Aloysio Nunes disse que, da parte do Aécio, não houve ataque pessoal. "Foi uma critica contundente ao governo federal. O caso do irmão tem que ser divulgado, saiu no Diário Oficial."
Aécio fala com Marina Silva (PSB) ao celular após o debate; segundo o tucano, a ex-senadora disse que ele foi muito bem e firme ao querer falar de propostas
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que está presente no debate, fala de temas referentes à sua gestão que apareceram no confronto. Sobre o cartel dos trens em São Paulo, disse que empresas que estariam envolvidas no esquema também contratam com o governo federal. "A diferença é que nós abrimos investigações e punimos os culpados", afirma. Na época em que o escândalo tornou-se conhecido, Alckmin propôs um processo apenas contra a empresa que havia delatado o esquema, a alemã Siemens. Depois, foi obrigado a refazer a ação, incluíndo outras empresas. Sobre a crise na água, o governador diz que pretende adotar políticas de incentivos para quem poupar água.
Do auditório do PSB, Rui Falcão, presidente do PT, exaltou o desempenho de Dilma e criticou as falas do oponente. Ele voltou a citar o caso do bafômetro, mencionado por Lula ontem, para atacar o candidato. "Aécio minimizou muito o fato de que ele dirigiu embriagado", disse o petista.
O jornalista Josias de Souza, do UOL, relatou como os partidos receberam as chamadas pesquisas qualitativas, feitas em tempo real com grupos de eleitores que acompanham o debate para avaliar a atuação dos candidatos. Segundo eles, os integrantes do PSDB reagiram de maneira positiva às informações que receberam dessas pesquisas, e os PT ficaram mais comedidos.
Eliane Cantanhêde Colunista da Folha BALANÇO: Sem exagero, foi um debate histórico, desses que a gente vai estar comentando em cinco, dez anos. Os dois candidatos muito agressivos, com ataques do início ao fim, mas ambos com respostas na ponta da língua e tiradas televisivas. Aécio teve um trunfo inesperado, com a história do irmão de Dilma, que a pegou de surpresa. Dilma teve o trunfo dela, com o "furo" da Folha, no meio do debate, sobre a afirmação do delator da Petrobras de que o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (que já morreu), ganhou propina para esvaziar uma CPI da Petrobras de anos atrás. No frigir dos ovos, dá para dizer que Aécio e Dilma saem feridos, mas saem vivos. O mais importante é saber qual o percentual de indecisos ou de votos nulos e em branco que assistiram. Aécio e Dilma falaram para eleitores qualificados e, provavelmente, já definidos, tendo o cuidado de não perder votos. Mas, além de não perder, eles precisam ganhar. Ganharam?