A Folha realiza nesta segunda-feira (31) o Fórum Tecnologia e Acesso à Saúde, sétimo seminário da série promovida pelo jornal para discutir temas do cotidiano brasileiro.
O seminário reúne 14 convidados para palestras e debates. Entre eles, representantes do poder público –como Jarbas Barbosa, presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), José Carlos de Souza Abrahão, presidente da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e Lumena Furtado, secretária de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde.
Os temas principais são a ampliação do acesso à saúde e o uso de novas tecnologias; modelos de negócios para atender a 200 milhões de brasileiros; a importância do diagnóstico para a prevenção e tratamento e as principais inovações em saúde, pesquisas e novas tecnologias.
Os debates e palestras ocorrem no Tucarena (rua Monte Alegre, 1.024, Perdizes), das 9h às 13h20.
De acordo com Lumena Furtado,"nosso sistema de saúde é jovem e estamos dialogando com o setor privado, que tem uma lista de insumos em comum".
95% dos transplantes realizados no Brasil são feitos no serviço público de saúde
"Se eu penso em cuidar de 200 milhões de brasileiros, temos que entender a transição demográfica e a tecnologia que dê suporte, como o consultório de rua, que vão onde as pessoas estão", diz a secretária de Acesso à Saúde do governo federal.
"É preciso universalizar o acesso à residência. Um terço dos médicos que se formam não tem acesso a ela", diz Lumena Furtado.
"Acesso de qualidade à saúde nem sempre é mais medicamentos. Há uma cultura de excesso de medicalização no Brasil. Precisamos de acesso às tecnologias certas", diz Lumena Furtado, da Secretaria de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde.
Começa a segunda mesa, com José Carlos de Souza Abrahão, diretor-presidente da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), Lumena Furtado (secretaria de Atenção à Saúde) e Marcio Coriolano (presidente da FenaSaúde); o mediador é Ricardo Miotto, editor-adjunto de Cotidiano
Ele diz que a saúde perde o sentido quando vira um grande "business".
Temporão cita o sociólogo alemão Norbert Elias, autor de "O Processo Civilizador", e diz que o SUS faz parte do processo civilizatório brasileiro.
Jarbas Barbosa, presidente da Anvisa, José Gomes Temporão, diretor-executivo do Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde/Isags, e Marcos Boscolo, sócio da KPMG, com a mediadora Cláudia Colucci (Foto Cláudio Rabin/Folhapress)
Voltando ao tema da inovação, Jarbas Barbosa diz que o processo regulatório tem de ser revisto, pois está muito atrelado ao passado.