A Folha realiza nesta segunda-feira (31) o Fórum Tecnologia e Acesso à Saúde, sétimo seminário da série promovida pelo jornal para discutir temas do cotidiano brasileiro.
O seminário reúne 14 convidados para palestras e debates. Entre eles, representantes do poder público –como Jarbas Barbosa, presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), José Carlos de Souza Abrahão, presidente da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e Lumena Furtado, secretária de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde.
Os temas principais são a ampliação do acesso à saúde e o uso de novas tecnologias; modelos de negócios para atender a 200 milhões de brasileiros; a importância do diagnóstico para a prevenção e tratamento e as principais inovações em saúde, pesquisas e novas tecnologias.
Os debates e palestras ocorrem no Tucarena (rua Monte Alegre, 1.024, Perdizes), das 9h às 13h20.
Para Robinson Poffo, não se pode tratar o paciente a qualquer custo. "Dada a escassez de recursos devemos pensar na sustentabilidade tecnológica".
Ele afirma que os EUA investem mais por paciente do que o Brasil. "O sistema deles é menos humano e eficiente que o nosso. Obama tentou melhorar isso, colocou saúde com base em evidência, e reduziu pela primeira vez na história a previsão de custos".
"O maior encargo para o sistema é a falta de conhecimento da ciência na tomada de decisão. Reduziríamos esse custo levando conhecimento ao cidadão, à sociedade, e a imprensa tem papel fundamental nisso".
"O processo de conhecimento e de formação do médico é fundamental, só 20% dos médicos brasileiros têm formação com base em evidências"
"Devemos estimular o acesso à tecnologias que tenham evidências"
Segundo Attalah, as inovações no SUS devem se basear nas melhores evidências científicas existentes, para que se garanta que o procedimento leve saúde de fato aos pacientes
"A prova definitiva para um teste ir para a pratica é ele ser testado clinicamente. E o Brasil tem os marcos legais para isso"
Para Álvaro Attalah, a utilidade dos testes diagnósticos está ligada à precisão e ao fato de todos terem acesso
"A excelência clínica é importante, com precisão cada vez maior para reduzir taxa de retrabalho no tempo de internação e até mesmo o custo do tratamento, e a excelência operacional para tratar e diagnosticar o maior número de pessoas", diz Armando Lopes.
Começa a terceira mesa, com Armando Lopes, vice presidente de Healthcare da Siemens, Álvaro Nagib Attalah, diretor da Cochrane-Brasil e Robinson Poffo, diretor de cirurgia cardíaca minimamente invasiva do Hospital Albert Einstein.