A Folha realiza nesta segunda-feira (31) o Fórum Tecnologia e Acesso à Saúde, sétimo seminário da série promovida pelo jornal para discutir temas do cotidiano brasileiro.
O seminário reúne 14 convidados para palestras e debates. Entre eles, representantes do poder público –como Jarbas Barbosa, presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), José Carlos de Souza Abrahão, presidente da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e Lumena Furtado, secretária de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde.
Os temas principais são a ampliação do acesso à saúde e o uso de novas tecnologias; modelos de negócios para atender a 200 milhões de brasileiros; a importância do diagnóstico para a prevenção e tratamento e as principais inovações em saúde, pesquisas e novas tecnologias.
Os debates e palestras ocorrem no Tucarena (rua Monte Alegre, 1.024, Perdizes), das 9h às 13h20.
Voltando ao tema do uso da tecnologia, Lottenberg diz que há plataformas de dados sobre o que ocorre em hospitais que permitirão uma análise mais precisa da situação.
Sobre o excesso de exames, diz Lottenberg, o hospital é caro em qualquer lugar do mundo, seja público seja privado.
"Especialistas em atendimento básico do programa Mais Médicos conseguem fazer o atendimento à população e têm recebido boas avaliações locais por causa disso", afirma Chapchap.
"É preciso aumentar em 50% o número de médicos no Brasil para que o acesso aumente."
De acordo com Paulo Chapchap, no Brasil, "faltam médicos em todas as áreas da saúde".
Ele cita a autorreponsabilidade do indivíduo, que terá maior acesso a informações sobre doenças. "Outra discussão é até que ponto o orçamento pode suportar o preço do sistema de saúde."
De acordo com Krops, "as previsões de avanço são fantásticas, mas há paradoxos para os quais nós temos que nos preparar".
"Ninguém pode ser contra o avanço da tecnologia, que é uma das maiores conquistas da medicina e, se bem usada, diminui os custos", diz Antônio Krops, diretor da Amil.
"Somos mal remunerados. Recebemos pelo paciente que fica doente, não para cuidar da saúde da população. Deve existir um incentivo para quem for mais eficiente".
Nos EUA, diz, houve um desperdício de US$ 700 bilhões no ano passado.