O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli prestam depoimento nesta quinta (12) à CPI da Petrobras.
Cunha foi acusado pelo doleiro Alberto Youssef de ter recebido propina referente a um contrato da petroleira. Ele nega e afirma que o governo atuou para que ele fosse alvo da investigação.
Já sobre Gabrielli pesa o fato de ele ter sido presidente da estatal durante parte do período em que a empresa é investigada pela CPI e o fato do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa ter relatado uma operação considerada "suspeita" na compra de uma refinaria em 2007.
"O senhor falhou na gestão da Petrobras ou tudo aconteceu às margens da sua autoridade", pergunta a Gabrielli o deputado Carlos Andrade (PHS-RR).
"Corrupção foi com o ganho dos empreiteiros, não se pode colocar isso dentro da Petrobras", volta a afirmar Gabrielli.
Presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB) pediu a colaboração dos parlamentares, dizendo que "no grito, aqui não vai".
Bate boca acalorado na CPI. Revoltado com a acusação de Lorenzoni, o deputado Valmir Prascidelli (PT-SP) levantou-se e repetiu diversas vezes, em voz alta: "O seu presidente é que é de quadrilha". O presidente do DEM, partido de Lorenzoni, é o senador Agripino Maia (RN).
"Vai lá e desminta Alberto Youssef, desminta Paulo Roberto Costa, mas sabe por que o senhor não vai? Porque corre o risco de ficar preso", acusou Onyx Lorenzoni.
"Pelo que me consta na Lava Jato não tem nenhuma investigação em relação a mim, e portanto eu me sinto tranquilo, com minha consciência tranquila", completou Gabrielli.
Gabrielli diz os processos aos quais responde hoje: "Eu nesse momento estou intimado pelo processo de Pasadena no TCU que está para tomada de contas especial e minha tomada de contas está protocolada no TCU. Só, somente esse que fui intimado. Fui informado pela imprensa, mas não fui intimado ainda, que tem um processo do Ministério Público do Rio de Janeiro mas eu não sei do que se trata porque não fui intimado".
"Esse terceiro turno vai ser derrotado!", grita Afonso Florence (PT-BA) nos microfones da CPI.
"Toda vez que alguém faz uma calúnia aqui e é contra o governo do PT vira herói nacional", afirmou Afonso Florence (PT-BA).
Afonso Florence (PT-BA) sobe o tom: "Estão transformando reús confessos em heróis nacionais". Acusa a oposição de tentar fazer um terceiro turno.