Os protestos contra o governo Dilma Rousseff tomaram as ruas de cidades de todos os Estados e do DF neste domingo neste domingo (16).
Em São Paulo, segundo o Datafolha, o ato reuniu reuniu 135 mil manifestantes na av. Paulista. A Polícia Militar do Estado calculou que o protesto reuniu 350 mil pessoas no horário de pico, às 16h. No Estado de São Paulo, segundo a PM, 465 mil foram às manifestações.
O líder do PT no Senado, senador Delcídio Amaral (MS), avaliou que os protestos foram menores, mas expressivos.
Manifestantes se reuniram em Belo Horizonte, Belém, Recife, Salvador, Ribeirão Preto, Maceió, Florianópolis, Curitiba, Rio de Janeiro, Aracaju e Brasília, entre outras cidades.
Atos iniciados em capitais com o clima mais quente, como Brasília e Rio, aconteceram pela manhã. Em Manaus e outras cidades da região Norte, ocorreram ao fim da tarde.
Os principais grupos por trás dos protestos foram o MBL (Movimento Brasil Livre), Vem Pra Rua e Revoltados On Line. Grupos que defendem a intervenção militar, como UND (União Nacionalista Democrática) e Pátria Amada Brasil.
BALANÇO - Protestos são registrados em pelo menos oito cidades, sendo sete capitais. Em Brasília, há concentração na Esplanada dos Ministérios e, no Rio, na praia de Copacabana. Em Salvador, PM fala em 4.000 pessoas no Farol da Barra e, em Belém, 1.200 manifestantes. Há manifestações ainda em Belo Horizonte, Maceió, Recife e Ribeirão Preto, interior de SP.
RIBEIRÃO PRETO (SP) - Com gritos de guerra contra o PT, manifestantes tomam as ruas da região central de Ribeirão Preto.
O grupo, que se concentrou nas praças 15 e Carlos Gomes, agora se concentra na rua Visconde de Inhaúma. O ato é acompanhado pela Polícia Militar e todos os manifestantes usam camisas nas cores da bandeira do Brasil.
SALVADOR (BA) - Concentração no Farol da Barra, em Salvador | Foto: João Pedro Pitombo/Folhapress
BRASÍLIA (DF) - Manifestantes fazem caminhada na Esplanada dos Ministérios em protesto contra o governo da presidente Dilma Rousseff| Foto: Alan Marques/Folhapress
RIO DE JANEIRO (RJ) - O paraquedista da reserva Marcelo Couto, 47. Vindo de Belford Roxo, região Metropolitana do Rio, ele estacionou seu jipe camuflado na orla. Ele veste uma boina vermelha e botas marrons, típicas dos paraquedistas brasileiros.
Ele pede intervenção militar. "Eu fui criado sem pai e a pátria está sem pai para gerir a nação. A Dilma já provou que não tem competência para governar o país. Eu sou mal interpretado. Me chamam de golpista. Eu apenas quero a ordem e o progresso. Eu quero intervir para saber para onde foi o dinheiro, para fiscalizar. Eu não quero golpe, que decência e ordem", disse Couto| Foto: Lucas Vettorazzo/Folhapress
RIO DE JANEIRO (RJ) - Manifestante fantasiado de Batman protesta contra o PT. | Foto: Vanderlei Almeida/AFP
BRASÍLIA (DF) - Em Brasília, PSDB distribui adesivos aos manifestantes contra a corrupção. O partido decidiu apoiar pela primeira vez os protestos contra a presidente Dilma Rousseff | Foto: Gustavo Uribe/Folhapress
BRASÍLIA (DF) - Os deputados Darcísio Perondi e Osmar Terra (PMDB-RS) estão na marcha.
PM fala em 15 mil pessoas caminhando em direção ao Congresso Nacional. O monitoramento do Palácio do Planalto indica concentração de saída dos protestos menor que as de março e abril.
A projeção do governo continua sendo de uma manifestação menor que a de abril, que já foi menor que a de março.
SALVADOR (BA) - O dentista Flávio Queiroz, 50, homenageia o juiz Sérgio Moro durante a manifestação em Salvador. Ele pede a saída de Dilma Rousseff da presidência e critica a imprensa por "dar segurança institucional a um governo eleito ilegitimamente". | Foto: João Pedro Pitombo/Folhapress
RIO DE JANEIRO (RJ) - O movimento de pessoas com camisas amarelas e cartazes na linha 1 do metrô sentido Copacabana é fraco. O maior fluxo é mesmo de banhistas e trabalhadores rumo à Zona Sul da cidade. Um dos poucos grupos vestidos de Brasil vinha do subúrbio de Realengo.
O jardineiro Wagner Pessoa, de 46 anos, veio pedir o fim da corrupção, o impeachment da presidente Dilma Rousseff e a impugnação da chapa PT/PMDB. A alternativa, explica, seria a convocação de novas eleições.
Para a dona de casa Zenilde Mattos (54) e o filho Bruno (19), muitas pessoas não vieram porque não acreditam mais que o cenário pode mudar. Todos os três vêm a manifestações desde junho de 2013.