Entidades como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e a UNE (União Nacional dos Estudantes) foram às ruas nesta sexta em 23 capitais.
A pauta dos atos desta sexta preocupa o governo. O tema difuso de "defesa da Petrobras", mote inicial da convocação dos sindicalistas e movimentos sociais, tenderá na avaliação governista a ser engolido pela parte negativa para a presidente do ato: a crítica às medidas de ajuste fiscal, que incluem alteração em direitos trabalhistas e previdenciários.
SÃO PAULO - Manifestantes disseram à Folha que recebem "café, almoço e jantar" para participar da manifestação. "Ficamos uma parte do protesto só. Não preciso ficar até o final", disse a auxiliar de limpeza Gisele Rodrigues, 33 (Foto: Gilberto Bermamin Jr./Folhapress).
Ela foi ao ato na Paulista acompanhada dos filhos João Gabriel, 11, e Gustavo Henrique, 2, que veio num carrinho de bebê, mas insistia em andar por entre os manifestantes.
Gisele disse que já ganhou um apartamento da CUT, num sorteio. "Por isso sempre venho, faz parte do pacote". Perguntada se ganhou em dinheiro, parou, pensou e respondeu: "recebemos comida".
SÃO PAULO - Uma faixa da avenida paulista, no sentido Paraíso, foi interditada.
SÃO PAULO- No protesto da avenida Paulista a CUT distribui adesivos da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff. O agricultor Cícero Pereira, 36 anos, disse que alugou um ônibus para trazê-lo com um grupo de Sertãozinho (SP). Segundo ele, a entidade sindical pagou café da manhã, almoço e pagará o jantar mais tarde.
A CUT também convidou um grupo de artistas para cantar no evento.
RIO DE JANEIRO - Os garis fizeram manifestação hoje e decidiram entrar em greve a partir desta sexta-feira (13), após rejeitar a proposta de reajuste de 3% apresentada pela prefeitura do Rio.
"Infelizmente tem pessoas do Psol e PSTU infiltradas no movimento pra ganhar vantagem política. Não é certo usar o movimento do trabalhador pra fazer campanha politica", disse Leandro Teixeira, assessor jurídico da presidência do Sindicato de Asseio de Limpeza e Conservação. Seriam cerca de 20 pessoas do Psol e PSTU, segundo Teixeira.
Esse "infiltrados", tentam arrastar os garis p/ Candelária p/ manifestação contra Dilma, prevista p 17h. A reportagem tentou entrar em contato com algumas pessoas apontadas, mas elas negam e dizem que são garis.
SÃO PAULO - Estudante de direito na USP, Bernardo Pacola, 18, foi ao protesto junto de três amigos com o objetivo declarado de empurrar o governo Dilma para a esquerda. "O governo não tem o menor compromisso com os eleitores de esquerda", disse ele, que votou na Luciana Genro (PSOL) no primeiro turno e na Dilma no segundo.
Seu amigo, Bruno Catino, 19, reclamou da visibilidade da cobertura dos eventos anti-Dilma. "A mídia dá mais e evidência aos protestos pelo impeachment com 20 pessoas que um movimento como esse", disse.
O também estudante de direito João Guilherme Sampaio, 17, afirmou que a pauta do protesto desta sexta é mais "palpável" que o de domingo. "Há elementos para a reforma política e não pelo impeachment", disse.
SÃO PAULO - Avenida Paulista sentido Paraíso está completamente fechada.
SÃO PAULO - No momento em que o presidente da CUT, Vagner Freitas, tentava dar entrevista, manifestantes do entorno hostilizaram um jornalista da Rede Globo.
Eles gritavam "o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo". Após a entrevista, o coro foi puxado no carro de som. O presidente teve que pedir que eles silenciassem.
RIO DE JANEIRO - Manifestantes começam a se reunir em frente a Câmara dos Vereadores, na praça da Cinelândia, centro do Rio, para o ato em defesa da Petrobras.
SÃO PAULO - O presidente da CUT, Vagner Freitas, chamou a onda de protestos de hoje de "sucesso extraordinário" e disse que o clima se terceiro turno tem que ter fim. "A eleição já acabou. Temos um processo de desenvolvimento importante para o Brasil", disse.
Questionado se o ato é também um desagravo à presidente Dilma Rousseff (PT), ele respondeu: "as manifestações são da democracia, mas a gente não pode viver esse clima de continuidade eleitoral o resto da vida".
SÃO PAULO - A "tropa do braço" da PM acaba de chegar para fazer cordão de isolamento para separar os manifestantes da CUT contra os favoráveis ao impeachment.