Entidades como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e a UNE (União Nacional dos Estudantes) foram às ruas nesta sexta em 23 capitais.
A pauta dos atos desta sexta preocupa o governo. O tema difuso de "defesa da Petrobras", mote inicial da convocação dos sindicalistas e movimentos sociais, tenderá na avaliação governista a ser engolido pela parte negativa para a presidente do ato: a crítica às medidas de ajuste fiscal, que incluem alteração em direitos trabalhistas e previdenciários.
RIO DE JANEIRO - O ato em favor da Petrobras e pelos direitos do trabalhador ocorrerá às 15h no centro do Rio. Os militantes caminharão da Cinelândia até a sede da Petrobras, em um percurso de pouco menos de dois quilômetros, acompanhados de pelo menos três carros de som.
A manifestação terá a presença de ao menos cinco centrais sindicais, além de MST, movimentos estudantis e partidos de esquerda. De acordo com a CUT, metalúrgicos, trabalhadores do setor naval e da indústria do petróleo virão de cidades da região metropolitana do Rio, como Niterói, São Gonçalo, Duque de Caxias, Itaboraí e Volta Redonda em ônibus de seus sindicatos.
MST informou que levará cerca de mil pessoas à manifestação, em 20 ônibus.
Imagem divulgada pelo MST mostra manifestantes em frente à Refinaria Duque de Caxias (RJ), nesta sexta (Reprodução/mst.org.br)
Manifestantes ligados à CUT se reúnem em frente ao prédio da Petrobras na av. Paulista, em São Paulo (Reprodução/Facebook/imprensacutsp)
O ato na capital paulista está marcado para ter início às 15h. De lá, eles irão ao vão livre do Masp, também na av. Paulista, e se dirigirão à praça da República, na região central da capital.
Professores da rede pública também já começam a se concentrar no vão livre do Masp. Assembleia da Apeoesp irá discutir reajuste salarial às 14h
RECIFE - No Recife, os manifestantes chegaram ao ponto final da caminhada, na avenida dos Guararapes. O protesto em defesa da Petrobras, organizado por CUT, MST e outras entidades sindicais, começou cedo no parque Treze de Maio, de onde partiu por volta das 10h30 em direção à avenida Conde da Boa Vista.
Segundo os organizadores, o ato reuniu 5.000 pessoas. A companhia de trânsito da cidade calculou em 2.000 o número de manifestantes. Por conta do protesto, os itinerários dos ônibus foram alterados.
Os ex-prefeitos do Recife João Paulo Lima e Silva (2001-2008) e João da Costa Bezerra Filho (2009-2012), ambos do PT, acompanharam o protesto. Também estiveram no local a deputada federal Luciana Santos (PCdoB) e a deputada estadual Teresa Leitão, presidente do PT de Pernambuco.
A marcha não teve nenhum incidente violento. Em um dos momentos, enquanto uma repórter da TV Globo gravava uma passagem para um telejornal, manifestantes entoaram gritos contra a emissora. Muitos diziam defender a regulamentação na mídia.
SÃO PAULO - Concentração para a manifestação de professores no vão livre do Masp, na capital paulista (Ernesto Rodrigues/Folhapress)
RIBEIRÃO PRETO - Um grupo faz panfletagem em Ribeirão Preto (SP) e exibe faixas no cruzamento das avenidas Jeronimo Gonçalves e Francisco Junqueira, chamando moradores a participar de um ato marcado para domingo (15).
RIO DE JANEIRO - Cerca de 200 garis da cidade do Rio protestam por aumento salarial neste momento em frente ao sindicato da categoria, na rua Doutor Satamini, na Tijuca, na zona norte.
Os garis decidiram entrar em greve a partir desta sexta-feira (13), após rejeitar a proposta de reajuste de 3% apresentada pela prefeitura do Rio.
Parte do grupo cogita protestar contra o governo no centro da cidade, onde já existe outra manifestação marcada para as 15h. No carro de som, alugado pelo sindicato, os grevistas repetem: "O Brasil vai parar! O Brasil vai parar!".
FORTALEZA - Na capital do Ceará, terminou há pouco o ato com a participação de CUT, MST, MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), Levante Popular da Juventude e outros movimentos sociais. Os manifestantes estimam um público de 3.000 pessoas, que se concentraram na praça da Imprensa desde as 8h e marcharam até a Assembleia Legislativa.
"Pautamos a defesa da Petrobras contra a privatização, a reforma política, a reforma agrária e a defesa da democracia. Não ao golpe da direita. Nós, do MST, não estamos na rua na defesa do governo. Estamos em defesa dos direitos dos trabalhadores, incluindo o direito de reivindicar", diz Antônia Ivoneide Melo Silva, da direção estadual dos sem-terra.
SÃO PAULO - A av. Paulista, palco das manifestações desta sexta em São Paulo, pode ser atingida por um temporal durante a tarde. A chuva que atinge parte da região metropolitana de SP fez com que parte da capital paulista voltasse a ficar em atenção para alagamentos.
Segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), da prefeitura, as chuvas mais intensas no horário estavam nas regiões de Campo Limpo, M'Boi Mirim e Santo Amaro. A previsão, porém, aponta que ele deve se estender para toda a cidade no decorrer da tarde.
RIO DE JANEIRO - Cerca de 150 garis em manifestação por aumento salarial deixam a entrada da Prefeitura do Rio e seguem pela avenida Presidente Vargas, principal via do centro da cidade, para o prédio da Justiça do trabalho.
Os garis decidiram entrar em greve a partir desta sexta-feira (13), após rejeitar a proposta de reajuste de 3% apresentada pela prefeitura do Rio.