Entidades como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e a UNE (União Nacional dos Estudantes) foram às ruas nesta sexta em 23 capitais.
A pauta dos atos desta sexta preocupa o governo. O tema difuso de "defesa da Petrobras", mote inicial da convocação dos sindicalistas e movimentos sociais, tenderá na avaliação governista a ser engolido pela parte negativa para a presidente do ato: a crítica às medidas de ajuste fiscal, que incluem alteração em direitos trabalhistas e previdenciários.
CAXIAS DO SUL - Em Caxias do Sul (a 120 km de Porto Alegre), o protesto teve início por volta das 17h e reúne cerca de 500 pessoas na praça Dante Alighieri, no centro. O local também foi palco do protesto que pedia o impeachment do ex-presidente Collor.
O movimento de Caxias tem participação de partidos como PT e PCdoB, e também da CUT.
"Entendemos que o dia de hoje é fundamental para defender a democracia. Também é uma oportunidade de dialogar sobre a reforma política e o financiamento privado de campanhas, causa da corrupção. Embora pareça apenas uma resistência ao impeachment, o movimento acumula forças para pressionar o Congresso por uma reforma política", diz Rodrigo Beltrão, vereador do PT.
Em Porto Alegre, os protestos unificados ocorreram na quinta-feira (12).
Manifestantes usam sinalizadores de fumaça em protesto da CUT no Rio de Janeiro (Lucas Vettorazzo/Folhapress).
BELO HORIZONTE - A manifestação em BH já chegou à avenida Afonso Pena, uma das principais da cidade. "Pra não dizer que não falei de flores", de Geraldo Vandré, foi uma das canções entoadas.
No seu discurso, o deputado estadual Rogério Correia ( PT) disse que na caminhada estava a representação da Minas Gerais "que derrotou Aécio Neves e os tucanos". "Aqui está a democracia. Vocês (tucanos) não vão dar golpe nunca mais", disse Correia.
BELO HORIZONTE - A manifestação de BH chegou à praça Sete, centro da capital mineira, com os manifestantes gritando: "Um, dois, três, quatro, cinco mil, respeitem as eleições ou paramos o Brasil".
FLORIANÓPOLIS - Para Odair Rogério da Silva, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) de Santa Catarina, o protesto desta sexta-feira (13), em Florianópolis, serviu apenas para “esquentar as baterias”. “É um esquenta para um grande ato nacional no dia 9 de abril”, diz ele.
O protesto na capital catarinense na tarde desta sexta teve participação, segundo os organizadores, de cerca de 600 pessoas. Para a Polícia Militar, foram de 100 a 150 manifestantes. O ato começou às 14h, em frente à Catedral Metropolitana de Florianópolis, e deveria acabar por volta das 18h no Tican (Terminal de Integração do Centro), segundo Odair.
De acordo com ele, a grande bandeira do protesto é a reforma política. “Defendemos o fim do financiamento privado de campanha, porque isso é que está levando à corrupção neste país. Os parlamentares se elegem com o dinheiro dos grandes empresários para depois beneficiar os interesses deles. Isso está comprovado no caso da Petrobras, que mostra quem são os grande empresários que estão por trás de toda essa roubalheira”, afirma.
BELO HORIZONTE - O coordenador nacional do MST Ênio Bohnenberger discursou em BH contra os "coxinhas". "Quero ver coxinha defender reforma agrária, defender a democracia racial, o direito dos negros. Coxinha não sabe defender direitos, só privilégios. Os ladrões têm que ir para a cadeia, e vai ter muito coxinha preso", disse.
CURITIBA - A vice-prefeita de Curitiba, Mirian Gonçalves (PT), subiu em um carro de som no ato na capital paranaense e discursou contra o que chamou de "golpe" e "terceiro turno". "Ditadura nunca mais", disse.
CURITIBA - O ato promovido por sindicatos tem críticas à mídia e coro pró-Dilma. Simpatizantes da presidente trouxeram materiais da campanha do ano passado. Entidades estudantis e professores da rede estadual, que estavam em greve até esta semana, também participam.
impítimammeuzovo adaptada ao cenário. Caxias do Sul (RS) é conhecida pela produção de uva (Rodrigo Beltrão / Divulgação).
SÃO PAULO - "Somos a favor de toda manifestação, mas protesto pelo impeachment da presidente Dilma nós não vamos permitir", disse Vagner Freitas, presidente da CUT, no carro de som. Assim como no ato do Revoltados, o carro de som da CUt também toca o hino nacional.