O corpo de Eduardo Campos foi enterrado no cemitério Santo Amaro, no Recife, sob aplausos, queima de fogos de artifício e gritos de "Eduardo, guerreiro do povo brasileiro".
Os filhos de Campos colocaram flores sobre o caixão do pai. E também puxaram gritos de "Viva o Brasil!".
A multidão cantou o Hino Nacional e a música "Segura na Mão de Deus".
O corpo do jornalista Carlos Percol também foi enterrado no cemitério Santo Amaro. O corpo do fotógrafo Alexandre Severo foi cremado no cemitério Morada da Paz, na cidade de Paulista, na região da Grande Recife.
De acordo com estimativa extra oficial do governo de Pernambuco, a cerimônia de despedida de Eduardo Campos contou com a participação de cerca de 130 mil pessoas desde as 2h. No entanto, a reportagem encontrou diversos espaços vazios na Praça da República, onde acontecia a missa.
Campos tinha 49 anos e estava em terceiro lugar na corrida presidencial. Tinha 8% das intenções de voto, de acordo com o Datafolha. Ex-governador de Pernambuco e ex-ministro de Ciência e Tecnologia do governo Lula, era considerado um dos políticos mais promissores de sua geração.
Campos era casado com a economista e auditora licenciada do Tribunal de Contas de Pernambuco Renata Campos, com quem teve cinco filhos --Maria Eduarda, João Henrique, Pedro Henrique, José Henrique e Miguel, que nasceu no começo de 2014.
O governador de Pernambuco, João Lyra Neto (PSB), vai viajar hoje, às 16h, para a Baixada Santista para buscar o corpo de Eduardo campos.
Nenhum dos corpos das vítimas foi reconhecido no acidente que matou o candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos. "Todos os corpos estavam desintegrados. Não há nenhum corpo reconhecido até agora", disse à Folha o chefe da Defesa Civil de Santos, Daniel Omias, 59. Leia mais aqui
A morte de Eduardo Campos é destaque na imprensa internacional. O jornal americano "New York Times" publicou vídeo com imagens do acidente.
Morte de Eduardo é um "choque para a República", diz FHC
(Crédito:Fernando Bizerra Jr. - 30.jul.2014/EFE)
Em nota de pesar, Paulinho da Força lamenta a morte do candidato: "Nada explica uma tragédia como a que aconteceu hoje. Estou chocado, como toda a população brasileira. Tudo o que podemos fazer é desejar conforto à família e aos amigos de Eduardo".
"Não vi caindo, mas sabia que era avião pelo barulho da turbina", disse o marceneiro Marcos Aurelio, 46, que estava parado em um semáforo a cerca de uma quadra do acidente. "Foi um barulho muito forte, as pessoas que estavam nos carros saíram para ver o que estava acontecendo, mas eu fui embora."
Além do presidenciável, estavam a bordo quatro assessores: Alexandre Severo (fotógrafo oficial da campanha), Marcelo Lira (cinegrafista), Pedro Valadares (ex-deputado e assessor do candidato) e Carlos Percol (assessor de imprensa). Também morreram o piloto e o copiloto da aeronave.
As causas do acidente ainda não foram confirmadas pela Aeronáutica. O avião Cessna 560 XL, prefixo PR-AFA, voava do aeroporto Santos Dumont, no Rio, para a base aérea do Guarujá (SP). Campos teria três compromissos de campanha em Santos.
O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, morreu na manhã desta quarta-feira (13) quando o avião em que voava com assessores caiu sobre um prédio em Santos (SP).