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AS HORAS DO GOLPE

Este ‘past blogging’ revive os principais momentos da derrubada do presidenteJoão Goulart e do início da ditadura militar. Os horários equivalem ao que acontecia 50 anos atrás. A narrativa começa às 21h30 de 30.mar.1964 e termina em 2.abr.

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  • 21h25  

    Palácio Laranjeiras, Rio. O presidente João Goulart está na antessala de seus aposentos, no primeiro andar, reunido com o deputado Tancredo Neves, líder do governo na Câmara, e com o secretário de Imprensa da Presidência, Raul Ryff. Os dois tentam dissuadir Jango de fazer o discurso marcado para o auditório de suboficiais e sargentos das Forças Armadas, no salão do Automóvel Clube, na Cinelândia.

  • 21h47  

    Palácio Laranjeiras, Rio. O chefe do Gabinete Militar, general Argemiro de Assis Brasil, que assegurava ao presidente lealdade dos quartéis, chega ao palácio e diz a Jango: “Está tudo pronto, o esquema já entrou em execução”.

  • 21h59  

    Rio. João Goulart deixa o Palácio Laranjeiras em direção ao Automóvel Clube, onde fará um discurso para suboficiais e sargentos. Tancredo Neves, que acompanha, diz: “Deus faça com que eu esteja enganado, mas creio ser este o passo do presidente que irá provocar o inevitável, a motivação final para a luta armada”.

  • 22h28  

    Automóvel Clube, Rio. Num salão lotado de militares pró-Jango, o presidente discursa sobre a necessidade de reformas de base. Ele fala sobretudo de reformas agrária, tributária e eleitoral, os mesmos temas que tinha abordado no comício da Central do Brasil, no dia 13 de março.

  • 22h29  

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    João Goulart discursa no Automóvel Clube, no Rio.

  • 22h39  

    Automóvel Clube, Rio. Jango diz em seu discurso: “Não admitirei o golpe dos reacionários. O golpe que nós desejamos é o golpe das reformas de base, tão necessárias ao nosso país. Não queremos o Congresso fechado. Ao contrário, queremos o Congresso aberto. Queremos apenas que os congressistas sejam sensíveis às mínimas reivindicações populares”.

  • 22h57  

    Washington, EUA. O Departamento de Estado norte-americano determina a todos os consulados no Brasil que informem diretamente a Washington “qualquer desenvolvimento significativo envolvendo resistência militar ou política de Goulart”.

  • 23h04  

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    Documento da CIA, a central de inteligência norte-americana, datado de 30 de março de 1964.

  • 23h06  

    Praia do Flamengo, Rio. O senador Ernâni do Amaral Peixoto, respeitado cacique do Congresso e ex-oficial da Marinha, sentencia: “O Jango não é mais o presidente da República”.

  • 23h42  

    Texas, EUA. Em seu rancho, o presidente Lyndon Johnson recebe um telefonema do secretário de Estado, Dean Rusk: “A coisa pode estourar a qualquer momento”

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