AS HORAS DO GOLPE

Este ‘past blogging’ revive os principais momentos da derrubada do presidenteJoão Goulart e do início da ditadura militar. Os horários equivalem ao que acontecia 50 anos atrás. A narrativa começa às 21h30 de 30.mar.1964 e termina em 2.abr.

• 09h00  

  RioJango é notificado do levante em Minas e permanece no Palácio Laranjeiras

• 09h10  

  Local indeterminado. O chefe do Gabinete Militar da Presidência, Assis Brasil, aciona o dispositivo militar para frear a movimentação mineira. Entre as medidas está a preparação de dois pelotões que deverão combater as tropas do general Mourão. Por precaução, o aeroporto de Brasília é fechado

• 10h00  

  Belo Horizonte. A rodoviária da capital mineira é fechada para que os ônibus possam transportar soldados da capital para o interior, principalmente Juiz de Fora.

• 10h30  

  Belo Horizonte. Muitos postos de gasolina ficam sem combustível na cidade, por causa do uso feito pelas tropas

• 12h00  

  EUA. A CIA, as Forças Armadas americanas, o secretário de Defesa americano, Robert McNamara, e o secretário de Estado americano, Dean Rusk, discutem envio de apoio naval e aéreo às tropas rebeldes no Brasil. O embaixador americano no Brasil reporta a Washington que "pode ser a última boa oportunidade para apoiar uma ação contra o grupo de Goulart".

• 12h01  

  

  O secretário de Defesa americano, Robert McNamara, em conferência no Pentágono em 1961 (Harvey Georges - 17.11.1961/Associated Press)

• 12h10  

  Rio. Na avenida Brasil, principal saída do Rio para Juiz de Fora, estão duas colunas de caminhões. Em uma estão 25 carros cheios de soldados, rebocando canhões. Na outra, 22 carros.

• 13h00  

  Rio. A PM invade a redação da sucursal do jornal “Diário Carioca” e agentes do Dops fecham Sindicato dos Bancários; dois são presos.

• 14h10  

  Juiz de Fora (MG). Todos os vereadores do PTB, partido do presidente João Goulart, são presos. Em Belo Horizonte, um deputado estadual do partido também é capturado.

• 14h20  

  Belo Horizonte. A Polícia Militar segue invadindo sindicatos e redações de jornais na capital mineira.