Este ‘past blogging’ revive os principais momentos da derrubada do presidenteJoão Goulart e do início da ditadura militar. Os horários equivalem ao que acontecia 50 anos atrás. A narrativa começa às 21h30 de 30.mar.1964 e termina em 2.abr.
Rio. O general Armando de Moraes Âncora, chefe das tropas do Rio de Janeiro, negocia com o general Costa e Silva um encontro com o chefe das tropas paulistas do Exército. Âncora propõe uma conferência com Kruel na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende, a meio caminho entre o Rio e São Paulo.
Rio. Cinco tanques M-41 que defendiam o palácio do governo federal deixam o posto, atravessam as ruas da cidade e passam a defender a sede do governo da Guanabara, onde reside o governador Carlos Lacerda –forte opositor de Jango e favorável às movimentações militares
Resende (RJ). Em uma conferência na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras), o general Pery Bevilacqua, chefe das tropas cariocas, se une ao Exército de Minas e de São Paulo. Kruel sugere o nome do general Costa e Silva para assumir o Ministério da Guerra.
General Costa e Silva assinando Ato Institucional em 1964, pós-golpe (Foto: Acervo UH/Folhapress).
Rio. Castello Branco aparece no forte de Copacabana, onde é homenageado como se fosse o novo ministro, com uma salva de 24 tiros de velhos canhões. O pânico se espalha na zona sul do Rio e, ao quinto disparo, a salva é interrompida.
Rio.O governador Carlos Lacerda, chorando, fala por telefone com a TV Rio: “Obrigado, meu Deus, muito obrigado”.
Brasília. Na Embaixada dos EUA, Gordon anuncia a Washington que “a revolta democrática está 95% vitoriosa”.
Brasília. A embaixada soviética queima papéis com medo de ser atacada.
Recife. O governador de Pernambuco, Miguel Arraes, é preso, após o Palácio das Princesas ter sido cercado pelo Exército.
O governador de Pernambuco, Miguel Arraes (Foto: Acervo UH Folhapress).