Este ‘past blogging’ revive os principais momentos da derrubada do presidenteJoão Goulart e do início da ditadura militar. Os horários equivalem ao que acontecia 50 anos atrás. A narrativa começa às 21h30 de 30.mar.1964 e termina em 2.abr.
Juiz de Fora (MG). Em sua casa, o general Olympio Mourão Filho, chefe do 4º Exército, escreve em seu diário um texto sobre o movimento que pretendia deflagrar contra Jango.
Juiz de Fora (MG). Ainda de pijama, Mourão Filho aciona um levante militar partindo de Minas Gerais com destino ao Rio, onde está o presidente João Goulart. Ao menos há dois anos, Mourão conspirava contra o governo, mas era tido como alguém de pouca ação, tanto por seus pares quanto pelo governador mineiro, José Magalhães Pinto, e pela CIA (agência de inteligência americana).
General Olympio Mourão Filho em entrevista em novembro de 1964 (Foto: Acervo UH/Folhapress).
início da manhã, Rio. O “Jornal do Brasil” circula com um artigo do jornalista Carlos Castello Branco intitulado “Minas desencadeia luta contra Jango”
7h, Juiz de Fora (MG). Pelo telefone, o general Mourão Filho convoca militares e civis em pelo menos três Estados.
Rio e Minas. Os primeiros a saberem do levante são o deputado Armando Falcão, o governador da Guanabara, Carlos Lacerda, o governador de Minas Gerais, José Magalhães Pinto, além de oficiais da Aeronáutica, Marinha e do Exército, como o marechal e ex-presidente Eurico Gaspar Dutra e o chefe do Estado Maior, Humberto Castello Branco.
O ex-presidente Eurico Gaspar Dutra (Folhapress).
São Paulo. O comandante do Exército paulista, Amaury Kruel, diz crer que o motim não passará de uma "quartelada"
Comandante Amaury Kruel (Folhapress)
Local indeterminado. O general Assis Brasil, que sabia que Mourão tramava contra o governo, desdenha: “São velhinhos gagás! Não são de nada”