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"A equipe da S&P veio ao Brasil dias atrás para falar com membros do governo. Não acho que a decisão [de corte na nota do país] tenha sido antecipada. Foi dentro dos conformes. O Brasil não deve perder o grau de investimento, só se a situação piorar muito. Como eles colocaram a nova nota com perspectiva estável, isso pode ter animado o mercado, já que eles normalmente cumprem a palavra", diz Filipe Machado, analista da Geral Investimentos
"O prêmio de risco do Brasil, o CDS (Credit Default Swap --espécie de seguro contratado pelos investidores contra calotes), estava disparando desde o fim do ano passado. Nosso CDS estava até acima dos países em crise na Europa, como a Espanha. Isso era um indicativo claro de que o mercado já esperava pelo corte na nota de crédito do Brasil", diz Filipe Machado, analista da Geral Investimentos
"[O corte da nota do Brasil pela S&P] Estava precificado, por isso não teve impacto no mercado. A medida era bem esperada por causa do cenário deteriorado da economia. O PIB crescendo abaixo de 2%, a inflação na casa de 6% e as contas públicas bastante ruins. Tudo isso motivou a mudança na classificação de risco do país", diz Filipe Machado, analista da Geral Investimentos
"Eu fico bastante preocupado, porque as condições do país não mudaram em nada: temos compromisso de reforçar as contas públicas, a inflação está alta e a economia caminhando devagar. Mesmo assim, o mercado aparentemente continua disposto a investir no país. Reflexo disso foi a forte entrada de dólares que tivemos nos últimos dias. Parte da queda do dólar hoje reflete a expectativa de maior ingresso de dinheiro no país nos próximos meses", diz Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora
"O mercado já esperava a decisão da S&P [de cortar a nota soberana do Brasil]. Mesmo após o corte, continuamos com grau de investimento, o que significa que o país ainda é considerado um mercado confiável para investimentos. Isso é bom. A mudança na perspectiva anima, porque quer dizer que a agência vai ficar pelo menos um ano sem mexer novamente na nota do país", diz Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora
"O rebaixamento da nota de dívida soberana do Brasil de 'BBB' para 'BBB-' pela Standard & Poor's na última segunda-feira (24), somado ao desempenho pior que o esperado da atividade industrial na China, dá base para a ideia de que uma aversão ao risco maior pode ressurgir após o primeiro trimestre de 2014", diz Sandra Utsumi, economista-chefe do Banco Espírito Santo
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta terça-feira (25) que a anexação da Crimeia pela Rússia não é um "fato consumado", pois não foi reconhecida pela comunidade internacional; ele acrescentou que Washington está preocupado com a possibilidade de uma invasão maior da Rússia na Ucrânia; "Depende da Rússia agir responsavelmente e se mostrar mais uma vez com disposição de cumprir as normas internacionais... se ela falhar em fazer isso, haverá alguns custos", disse ao término de uma conferência sobre segurança nuclear em Haia
A necessidade de aporte do Tesouro no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) neste ano será menor que o feito em 2013, afirmou o presidente do banco Luciano Coutinho a jornalistas nesta terça-feira (25), após participar de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado; "Nosso compromisso é ter neste ano um volume de aportes menor, em sintonia com a política fiscal", disse Coutinho, citando que os aportes menores relacionam-se com a nova política operacional anunciada pelo banco no final do ano passado, que prevê reduzir a participação do BNDES em operações que não sejam prioritárias
A agência de classificação de risco Fitch rebaixou nesta terça-feira (26) o rating soberano da Venezuela para "B", de "B+", com perspectiva negativa, citando uma maior instabilidade macroeconômica e atrasos na implementação de políticas para lidar com a alta inflação e com as distorções no mercado cambial; a Fitch destacou que a perspectiva negativa reflete a falta de políticas de ajuste sustentáveis e coerentes, que pode levar a uma maior instabilidade financeira e exacerbar o risco de uma crescente agitação social devido ao alto nível de polarização política do país; Leia mais
A dívida pública mobiliária federal interna subiu 1,27% em fevereiro frente a janeiro, atingindo R$ 1,975 trilhão, informou o Tesouro Nacional nesta terça-feira (25); o estoque da dívida pública federal, incluindo também a dívida externa, subiu 1,03% no período, para R$ 2,067 trilhões