Após reunião com o superintendente regional do Trabalho em São Paulo, Luiz Antonio Medeiros, empresas e sindicalistas, motoristas de ônibus dissidentes fecharam um acordo para suspender a greve nesta quinta-feira e marcaram uma reunião pela manhã para retomar as negociações sobre reajuste salarial.
Apesar de o Ministério do Trabalho anunciar reunião com o prefeito Fernando Haddad (PT), a prefeitura informou que ainda não recebeu nenhum pedido de encontro. O prefeito já divulgou a agenda de quinta-feira com outros compromissos durante o período da manhã.
O secretário Jilmar Tatto afirmou que a prefeitura manterá a sua posição e não pretende retroagir na negociação com o sindicato. "E se há sabotadores, compete à polícia e ao Ministério Publico tomar a iniciativa. A cidade não pode ser refém de sabotadores".
No fim da noite de quarta, todos os terminais de ônibus que haviam sido bloqueados pelos grevistas já estavam reabertos, segundo a SPTrans.
Durante a manhã, representantes do sindicato disseram que não reconhecem o movimento e, por isso, não negociam. Segundo o sindicato, o ato é promovido por dissidentes que não concordam com a proposta já fechada com a administração municipal.
"A gente fez uma paralisação sem líder, começamos aqui [largo do Paissandu] e automaticamente foi tudo parando, se avisando por telefone, porque tá todo mundo insatisfeito. Todos pela mesma causa. A gente quer 33% de reajuste salarial, R$ 22 de ticket, R$ 1.500 de PL [participação nos lucros], melhores condições de trabalho, uma cesta básica decente, carga horária ajustada para fazer os percursos das viagens, convênio médico melhor porque o nosso é pior do que hospital público", diz Sidney.
Um grupo de motoristas e cobradores de ônibus protesta no viaduto do Chá, na frente da Prefeitura de São Paulo. Sidney Santos, 29, motorista e membro do grupo manifestante, afirmou que são cerca de 100 pessoas, que devem permanecer no local até que o presidente do sindicato da categoria negocie reajuste com a prefeitura.
De acordo com o secretário municipal de trânsito, Jilmar Tatto, cerca de 230 mil pessoas foram afetadas pelas greves e manifestações
"A cidade não vai ficar refém dessas pessoas", disse o secretário municipal de trânsito, Jilmar Tatto, em entrevista ao programa "Brasil Urgente" (Band).
A faixa da Consolação, sentido Centro, está interditada por conta do ato.
O protesto dos professores deixou a Avenida Paulista e segue pela Consolação com destino à sede da prefeitura. O ato reflete no tráfego da Paulista e Consolação.
De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) a Avenida Pacaembu está ocupada nas duas faixas, sentido Centro, próximo à Av Sen Áuro Soares de Moura Andrade
Por conta das manifestações e protestos, empresas do Itaim Bibi e da Zona Sul já estão liberando os funcionários para saírem mais cedo.
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) solicitou aos motoristas que evitem transitar pela região da Avenida Paulista sentido Consolação e na área central devido a presença de manifestantes.