Após reunião com o superintendente regional do Trabalho em São Paulo, Luiz Antonio Medeiros, empresas e sindicalistas, motoristas de ônibus dissidentes fecharam um acordo para suspender a greve nesta quinta-feira e marcaram uma reunião pela manhã para retomar as negociações sobre reajuste salarial.
Apesar de o Ministério do Trabalho anunciar reunião com o prefeito Fernando Haddad (PT), a prefeitura informou que ainda não recebeu nenhum pedido de encontro. O prefeito já divulgou a agenda de quinta-feira com outros compromissos durante o período da manhã.
O secretário Jilmar Tatto afirmou que a prefeitura manterá a sua posição e não pretende retroagir na negociação com o sindicato. "E se há sabotadores, compete à polícia e ao Ministério Publico tomar a iniciativa. A cidade não pode ser refém de sabotadores".
No fim da noite de quarta, todos os terminais de ônibus que haviam sido bloqueados pelos grevistas já estavam reabertos, segundo a SPTrans.
O encontro acontece para que sejam ouvidas as reivindicações dos trabalhadores dissidentes e para saber se há possibilidade de mudança no acordo coletivo aprovado em assembleia realizada na segunda-feira (19).
Os dissidentes negaram que tenham qualquer ligação com a chapa que faz oposição ao atual presidente do sindicato. “A maioria dos que estão reivindicando levantou a bandeira do sindicato atual, mas não está contente com o que foi decidido por ele”, afirmou o motorista Luiz Pereira Lima, da empresa Simbaíba.
Entre as reivindicações do grupo grevista estão 33% de reajuste salarial, aumento no vale-refeição e mudança no plano de saúde.
Começou há pouco a reunião na Superintendência Regional do Trabalho para tentar resolver o impasse que levou a paralisação dos motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo.
Estão reunidos no local representantes do sindicato dos motoristas, dos dissidentes do sindicato, do sindicato das empresas e das empresas de ônibus Santa Brígida, Sambaíba e Gato Preto, além do superintendente regional do Trabalho em São Paulo, Luiz Antonio Medeiros.
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O presidente do sindicato patronal SPUrbanuss, Francisco Christovam, disse que a entidade enviou ofício à Secretaria de Segurança Pública pedindo o apoio da polícia para manter os ônibus circulando em São Paulo.
Em reunião com o secretário de Segurança Pública do Estado, Fernando Grella Vieira, e a Polícia Militar, o secretário de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, afirmou que homens armados obrigaram ônibus a parar na manhã desta quarta-feira (21).
Segundo ele, 15 veículos foram interceptados desta forma no Grajaú, Cidade Dutra, Valo Velho e Jardim Cocaia.
De acordo com o secretário, os homens levaram as chaves dos ônibus e, em alguns casos, cortaram a correia de energia.
Segundo a CET, a av. Rebouças acaba de ser liberada pelos manifestantes que estavam na região entre a av. Brig. Faria Lima e a rua Cap. Antônio Rosa.
A SPTrans informa que, neste momento, há bloqueios feitos com ônibus enfileirados nos terminais: Mercado, Lapa, Pinheiros, Pirituba, Casa Verde, Sacomã, Santo Amaro, João Dias e Vila Nova Cachoeirinha.
Os terminais Parque Dom Pedro 2º, Princesa Isabel, Santana, Barra Funda, Jardim Britânia, Grajaú, Capelinha, Guarapiranga, Aricanduva e AE. Carvalho estão abertos, mas há oferta de ônibus inferior à registrada em dias de operação normal do sistema.
Nesta quarta-feira (21), o movimento prejudica 300 mil usuários.
A SPTrans acrescenta ainda que há paralisações em 11 garagens de cinco empresas concessionárias. São elas: Santa Brígida (2), Sambaíba (4), Gato Preto (2), Via Sul (2) e VIP (1).
O trânsito na Marginal Pinheiros próximo à av. Eusébio Matoso é extremamente lento neste momento, em função de uma interrupção na pista expressa. O bloqueio não está relacionado à paralisação de motoristas de ônibus. A pista foi fechada em função de uma perseguição policial.
Locais de manifestações de motoristas na cidade de acordo com a CET:
- Avenida Brigadeiro Faria Lima
- Rua Butantã
- Av. Eusébio Matoso
- Av. Rebouças
- Av. Francisco Morato
- Estrada do M'Boi Mirim
- Av. João Dias
- Ponte do Socorro
Segundo a CET, manifestações ocupam neste momento a av. João Dias e a Ponte do Socorro com a av. Guarapiranga.