Após reunião com o superintendente regional do Trabalho em São Paulo, Luiz Antonio Medeiros, empresas e sindicalistas, motoristas de ônibus dissidentes fecharam um acordo para suspender a greve nesta quinta-feira e marcaram uma reunião pela manhã para retomar as negociações sobre reajuste salarial.
Apesar de o Ministério do Trabalho anunciar reunião com o prefeito Fernando Haddad (PT), a prefeitura informou que ainda não recebeu nenhum pedido de encontro. O prefeito já divulgou a agenda de quinta-feira com outros compromissos durante o período da manhã.
O secretário Jilmar Tatto afirmou que a prefeitura manterá a sua posição e não pretende retroagir na negociação com o sindicato. "E se há sabotadores, compete à polícia e ao Ministério Publico tomar a iniciativa. A cidade não pode ser refém de sabotadores".
No fim da noite de quarta, todos os terminais de ônibus que haviam sido bloqueados pelos grevistas já estavam reabertos, segundo a SPTrans.
A CET informou que até este momento não há informação oficial referente a suspensão do rodízio municipal na quarta-feira (21)
Em comunicado divulgado na noite desta terça-feira (20), a SPTrans informou que, entre 20h15 e 21h17, quatro terminais de ônibus foram liberados para operação. São eles: Terminal Varginha, Terminal Princesa Isabel, Terminal Vila Nova Cachoeirinha e Terminal Parque D. Pedro. Há frotas de ônibus recolhendo carros para as garagens das empresas concessionárias do sistema nos terminais: Santana, Casa Verde, Sacomã, Grajaú e Amaral Gurgel. Permanecem bloqueados, às 21h, por coletivos enfileirados e estacionados os seguintes terminais: Mercado, Bandeira, Pirituba, Lapa, Pinheiros, Butantã e Barra Funda.
No Cupece: Manifestação na Avenida Cupecê, sentido bairro, ocupa faixa exclusiva de ônibus, junto à Rua Rio Grande do Sul. As informações são da CET.
Ônibus é queimado na região do Grajaú, em São Paulo. (Foto: Erick Andrade Vieira)
São Paulo apresenta às 21h16 74km de lentidão. A zona sul continua com o pior trânsito da capital com 35km de fila.
Os motoristas e cobradores que pararam a cidade são dissidentes do sindicato da categoria. Uma assembleia promovida pelo Sindmotoristas já havia aceitado a proposta de reajuste das empresas de ônibus. Por conta disso, o sindicato não reabrirá as negociações.
Algumas empresas de ônibus começam a recolher os coletivos que ficaram espalhados pelas ruas da cidade e em terminais. Manifestantes, no entanto, afirmam que permanecerão acampados no largo do Paissandu e vão manter a paralisação na quarta-feira caso o sindicato não volte a negociar reajuste salarial com as empresas.
Sobe para 16 o número de terminais de ônibus fechados em São Paulo. São eles: Amaral Gurgel, Barra Funda, Bandeira, Casa Verde, Lapa, Santana, Sacomã, Pirituba, Pinheiros, Princesa Isabel, Cachoeirinha, Butantã, Varginha, D. Pedro, Mercado e Grajaú. Ao todo, São Paulo tem 28 terminais de ônibus
No Brás: Rua da Figueira liberada em relação a manifestação, junto à Rua do Gasômetro. As informações são da CET.
No Butantã: Av. Prof. Francisco Morato, sentido bairro, liberada em relação a manifestação altura da Av. Jorge João Saad. As informações são da CET.