O ministro Guido Mantega (Fazenda) presta esclarecimentos na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA. Mantega explicará as supostas advertências que teria feito ao governo em 2008 sobre possíveis prejuízos com compra da refinaria
Deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) É importante que possa fiscalizar o setor elétrico. Toda vez que há boato de que pode haver apagão o valor sobe. A especulação do mercado, principalmente do setor elétrico, tem prejudicado os preços. Qual a contribuição que a Câmara deve dar para combater essas especulações? As empresas de distribuição do setor de energia elétrica se acostumaram a receber milhões e não investir. É importante combater os especuladores e colaborar com o Brasil, o que prejudica o desenvolvimento do país.
A audiência é retomada com a fala do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE).
O deputado Hugo Motta (PMDB-PB) interrompe a audiência por três minutos para que o ministro Guido Mantega (Fazenda) possa ir ao banheiro.
Deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) O debate sobre economia que seria mais importante está sendo ofuscado pelo debate político. O debate da economia merece um debate mais aprofundados. Os dados apresentados por Mantega são consistentes e não podem ser refutados. Temos coisas relevantes acontecendo no mundo, como por exemplo, o que acontece com a China. Na medida em que a China pode ter refluxo em sua economia, pode sim, prejudicar o Brasil. Temos que ter a consciência do controle do gasto público. Esse debate é importante que seja feito à luz da realidade: do controle da inflação, dos fatores que podem influenciar a economia. O PMDB está aberto para participar desse debate.
Deputado Henrique Fontana (PT-RS) Qual a forma de se avaliar se a economia está sólida ou está uma “bomba relógio”? Não pode avaliar, como a oposição, fora do contexto da economia internacional. O Brasil é um dos países que mais atrai investimentos internacional. Aliás, de quebrar a economia brasileira a oposição entende, já que quebrou duas vezes e foi pedir ajuda ao FMI. A economia real tem determinados resultados e a economia eleitoral tem outros. Por isso, é importante essa explicação da economia nos últimos 12 anos. Durante 11 anos, a inflação está dentro da meta. Nos resultados reais, a economia brasileira está sob controle rigoroso da inflação. Esse debate está recém-começando. Parabenizo o sr. e a presidente Dilma que estão segurando a economia brasileira em um período muito difícil.
Deputado José Guimarães (PT-CE) É disputa política. Eles não querem investigar Pasadena. Você excelência tem absoluto apoio da bancada do PT e do governo para gerir a economia.
Folha Explica De acordo com o processo, havia indícios de que investidores negociavam ações na Bolsa com base em informações sobre o mecanismo de reajuste que estava em preparação. Questionado pela CVM, Barbassa publicou fato relevante negando que existisse um mecanismo. Mas, dias depois, confirmou ao mercado a criação do mesmo.
Deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) Qual tese o sr, se alinha: a da presidente Dilma e da Graça Foster de que foi um mau negócio ou do ex-presidente Lula e de Grabrielli, de que foi um bom negócio? A CVM abriu processo contra Almir Barbassa, diretor de finanças e relações com investidores da Petrobras, por supostamente não ter divulgado corretamente ao mercado a criação de mecanismo para reajuste dos combustíveis. O que o sr. tem a dizer? Por que não há aumento? É para não prejudicar o PT nas eleições.
Folha Explica Nestor Cerveró, então diretor responsável pela apresentação do parecer, acabou demitido de um cargo na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras para a qual tinha sido transferido. Cerveró era responsável pelas informações prestadas aos conselheiros.
Deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) Há uma discrepância entre a sua fal de hoje e de quando esteve aqui no ano passado. O sr. disse que o superavit primário seria de pelo menos 2,3%. O sr. disse que o Brasil cresceria 3% e não cresceu. Na sua apresentação o sr. omitiu o Chile e a Bolívia que foi maior de 3%. Sobre o caso Petrobras, na demissão de Nestor Cerveró o sr. continua com a mesma opinião sobre o caso?