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Tesoureiro do PT presta depoimento à CPI da Petrobras

João Vaccari Neto afirmou nesta quinta-feira (9), em depoimento à CPI da Petrobras, que ainda tem apoio interno para continuar tesoureiro do PT e negou as acusações de corrupção. Ele ainda confirmou conhecer Alberto Youssef, delator no processo da Lava Jato, mas sem manter com o doleiro uma relação próxima.

Vaccari disse que as delações premiadas que o acusam de envolvimento com o esquema na Petrobras não são verdadeiras. Negou ter tratado de doações ao partido com o ex-diretor da Petrobras Renato Duque e com o ex-gerente Pedro Barusco.

Ele também negou que tenha tratado com o delator na Operação Lava Jato Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, sobre assuntos financeiros do PT, e admitiu encontros com representantes de empresas para pedir doações ao partido, mas afirmou que se tratavam de visitas institucionais.

"É usual que o secretário de finanças do Partido dos Trabalhadores faça visitas institucionais à empresa na busca de recursos", declarou.

O depoimento começou em meio a um tumulto por conta de uma caixa de ratos solta logo após a entrada do petista.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), determinou a exoneração do servidor Márcio Martins de Oliveira, identificado como o autor do ato. Ele está lotado no gabinete da segunda vice-presidência, controlada pelo deputado Giacobo (PR-PR).

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  • 16h50  

    Os deputados retomam a CPI.

  • 17h02  

    Questionado se o PT está envolvido com o esquema de corrupção na Petrobras, Vaccari foi enfático e economizou a resposta: "Não".

  • 17h03  

    Vaccari se nega a revelar o valor do seu salário como tesoureiro do PT. "Sou remunerado pelo PT. O valor faz parte do sigilo do meu Imposto de Renda."

  • 17h07  

    Também criticou questionamentos sobre seu salário na Itaipu Binacional, que ele já havia dito ter sido de R$ 20 mil.

    "A Itaipu Binacional tem um conselho de administração desde sua fundação, em 1973, são doze membros e todos recebem os mesmos salários. O que me estranha é o seu questionamento sobre o meu vencimento", disse ao deputado Altineu Côrtes (PR-RJ).

  • 17h14  

    Demonstrando mais uma vez irritação com congressistas que questionam sobre sua ida ao escritório do doleiro Alberto Yousseff, Vaccari afirmou que a reunião foi solicitada por ele e através de terceiros, mas se negou a revelar o emissário.

    "Alberto Yousseff mandou um recado para que fosse ao escritório dele. Não marcou data. Lá compareci, ele não estava e fui embora", disse.

    Ao longo do depoimento, ele confirmou que conhecia Yousseff, mas negou que tenha tratado de contribuições ao PT. O tesoureiro contou ainda que esteve uma única vez na empresa do doleiro, permanecendo por menos de quatro minutos porque ele não se encontrava.

  • 17h24  

    Vaccari afirmou aos deputados que não tem intimidade nem com a presidente Dilma Rousseff nem com o ex-presidente Lula.

  • 17h34  

    "Eu só disse a verdade", afirmou o tesoureiro do PT aos deputados da CPI. O depoimento já dura quase oito horas.

    "Eu vim aqui, convocado fui, compareci, respondi as indagações, fiz esclarecimentos pertinentes e durante todo período só disse a verdade", disse.

    Vaccari aproveitou para repetir a frase que mais usou durante seu depoimento. "Os termos das delações sobre mim não são verdadeiros",completou.

  • 17h45  

    Em suas considerações finais, Vaccari foi breve e agradeceu aos membros da comissão. Depois de quase oito horas de sessão, o depoimento de Vaccari foi encerrado.

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