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Tesoureiro do PT presta depoimento à CPI da Petrobras

João Vaccari Neto afirmou nesta quinta-feira (9), em depoimento à CPI da Petrobras, que ainda tem apoio interno para continuar tesoureiro do PT e negou as acusações de corrupção. Ele ainda confirmou conhecer Alberto Youssef, delator no processo da Lava Jato, mas sem manter com o doleiro uma relação próxima.

Vaccari disse que as delações premiadas que o acusam de envolvimento com o esquema na Petrobras não são verdadeiras. Negou ter tratado de doações ao partido com o ex-diretor da Petrobras Renato Duque e com o ex-gerente Pedro Barusco.

Ele também negou que tenha tratado com o delator na Operação Lava Jato Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, sobre assuntos financeiros do PT, e admitiu encontros com representantes de empresas para pedir doações ao partido, mas afirmou que se tratavam de visitas institucionais.

"É usual que o secretário de finanças do Partido dos Trabalhadores faça visitas institucionais à empresa na busca de recursos", declarou.

O depoimento começou em meio a um tumulto por conta de uma caixa de ratos solta logo após a entrada do petista.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), determinou a exoneração do servidor Márcio Martins de Oliveira, identificado como o autor do ato. Ele está lotado no gabinete da segunda vice-presidência, controlada pelo deputado Giacobo (PR-PR).

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  • 12h46  

  • 12h49  

    O deputado petista Valmir Prascidelli (SP) criticou a ação dos ratos. "Aqueles que soltaram ratos aqui podem ser muito mais ratos do que aqueles que foram soltos".

  • 13h03  

  • 13h06  

    Ao todo, são cinco os animais soltos na CPI. O deputado Ricardo Izar (PSD-SP) solicitou para ficar com eles. Segundo o deputado, foram soltos dois esquilos da mongólia, dois ratos cinzas e um hamster.

  • 13h07  

    Izar é da frente parlamentar em defesa dos animais.

  • 13h17  

  • 13h13  

    Questionado por Carlos Sampaio (PSDB-SP), Vaccari volta a confirmar que esteve no escritório de Youssef. Ele ressaltou, porém, que ficou lá apenas quatro minutos e o doleiro não estava, indo embora logo depois. Segundo Vaccari, a visita ocorreu porque Youssef o havia convidado. O tesoureiro não deu mais detalhes.

  • 13h15  

    Com Vaccari recorrendo várias vezes a duas frases para dar respostas, o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), subiu o tom: "Não sou moleque para ficar perdendo tempo com respostas assim. É muito objetiva a pergunta", disse o tucano questionando sobre a intimidade do petista com o Pedro Barusco.

    Depois do mal-estar, ele disse que não tem intimidade com Barusco.

    Ao longo do depoimento, Vaccari tem repetido reiterada vezes que "os termos não são verdadeiros" e que todas as doações foram registradas na Justiça Eleitoral.

  • 13h17  

    Deputados batem boca quando Carlos Sampaio (PSDB-SP) questiona a Vaccari se foi indicado para o cargo de tesoureiro por seu histórico "criminoso", em referência à denúncia de 2010 contra Vaccari de desvio de dinheiro de uma cooperativa de crédito habitacional para campanhas eleitorais.

    Petistas rebateram e disseram que Vaccari não foi condenado. "Cadê a sentença?", questionou Leo de Brito (PT-AC).

  • 13h21  

    Diante do bate-boca, o presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), que tem 25 anos, deu uma lição de moral nos parlamentares: "Será que os eleitores de vossas excelência estão satisfeitos em ver esse comportamento?".

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