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Tesoureiro do PT presta depoimento à CPI da Petrobras

João Vaccari Neto afirmou nesta quinta-feira (9), em depoimento à CPI da Petrobras, que ainda tem apoio interno para continuar tesoureiro do PT e negou as acusações de corrupção. Ele ainda confirmou conhecer Alberto Youssef, delator no processo da Lava Jato, mas sem manter com o doleiro uma relação próxima.

Vaccari disse que as delações premiadas que o acusam de envolvimento com o esquema na Petrobras não são verdadeiras. Negou ter tratado de doações ao partido com o ex-diretor da Petrobras Renato Duque e com o ex-gerente Pedro Barusco.

Ele também negou que tenha tratado com o delator na Operação Lava Jato Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, sobre assuntos financeiros do PT, e admitiu encontros com representantes de empresas para pedir doações ao partido, mas afirmou que se tratavam de visitas institucionais.

"É usual que o secretário de finanças do Partido dos Trabalhadores faça visitas institucionais à empresa na busca de recursos", declarou.

O depoimento começou em meio a um tumulto por conta de uma caixa de ratos solta logo após a entrada do petista.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), determinou a exoneração do servidor Márcio Martins de Oliveira, identificado como o autor do ato. Ele está lotado no gabinete da segunda vice-presidência, controlada pelo deputado Giacobo (PR-PR).

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  • 10h52  

  • 10h53  

    O depoimento começou em meio a um tumulto por conta de uma caixa de ratos solta logo após a entrada do petista.

    O ato foi organizado por deputados de oposição, mas o autor ainda não se identificou até a publicação desta matéria. Um servidor foi levado por agentes da Polícia Legislativa.

    O presidente da CPI , Hugo Motta (PMDB-PB), pediu que sejam identificados os autores do ato. O tesoureiro do PT chegou acompanhado por uma série de deputados do PT. A ideia é demonstrar força e apoio dentro do partido.

  • 10h55  

  • 10h58  

    O presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), classificou a soltura da caixa de ratos como um episódio infeliz, mas manteve o depoimento do tesoureiro.

    "Infelizmente tivemos um procedimento infeliz, mas já tomamos as providências. Quero deixar bem claro que nada nos impedirá de dar prosseguimento à reunião. Tivemos procedimento infeliz e nos vamos seguir com a oitiva do senhor Vaccari."

    O deputado Jorge Solla (PT-BA) acusou o deputado delegado Waldir (PSDB-GO) de ser o responsável pelos episódio. "Isso não pode passar despercebido. O deputado delegado deu a deixa para um comparsa soltar os ratos. Quero que isso conte na ata", disse o petista.

    O tucano reagiu e eles bateram boca. "Acabei de ser acusado e quero que ele prove isso. Não estou armado aqui. Vou processar ele. Gostaria de estar com algema para prender bandidos aqui",

    Os dois parlamentares trocaram gritos de "bandido é você".

  • 11h09  

  • 11h10  

    Vaccari começou o depoimento dando uma palestra, com direito a apresentação de slides, sobre a arrecadação dos partidos e mostrando que outras legendas também ganharam recursos das empresas investigadas na Operação Lava Jato.
    "Em 2014, foram R$ 222 milhões para todos os partidos das empresas investigadas. O PT obteve 25%, o PSDB obteve 24%, o PMDB obteve 21%", disse Vaccari.
    A deputada Eliziane Gama (PPS-MA) protestou. "Isso é uma palestra", disse.
    Vaccari disse que pediu demissão do cargo que ocupava no conselho da Itaipu Binacional em novembro de 2014, mas que a demissão só saiu em janeiro deste ano. Segundo ele, a última remuneração obtida por ele foi de R$ 20 mil.

  • 11h11  

    Um dos slides apresentados estava errado e virou motivo de piada entre internautas.





  • 11h12  

    Nos bastidores, petistas reconhecem que Vaccari passou por treinamento para prestar esclarecimentos à CPI, mas não passam detalhes. O relator da CPI, Luiz Sérgio (RJ), também é petista.

    A preparação do tesoureiro teria sido revelada pelo presidente do PT, Rui Falcão, a um grupo de deputados em uma reunião realizada há alguns dias.

  • 11h13  

    Imagem

    Ratos soltos na CPI da Petrobras no momento em que João Vaccari Neto entrou na sala da comissão (Crédito: Pedro Ladeira/Folhapress)

  • 11h14  

    Correção: Não é possível afirmar que o responsável pela soltura dos ratos seja servidor da Câmara. Ele ainda não foi identificado.

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