Barusco é o primeiro a depor à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara que investiga irregularidades na estatal.
Brusco reafirma que João Vaccari Neto operava no esquema em nome do PT. Diz que "se sentava" com o ex-tesoureiro do PT para tratar da divisão das propinas.
Pedro Barusco admite que, mesmo após deixar a Petrobras, recebeu dinheiro de propina, referentes a contratos assinados à época em que ele era gerente da estatal.
Reafirma, ainda, que devolverá todo o dinheiro recebido no exterior.
Pedro Barusco confirma que ele, o ex-diretor Renato Duque e o ex-gerente de Finanças João Ferraz abriram contas no exterior. Disse não ter conhecimento se João Vaccari Neto mantinha conta corrente fora do Brasil.
O ex-gerente da Petrobras diz que, dos tesoureiros do PT, só se relacionou com um deles. "Não tinha contato com Delúbio Soares. A partir da vinda do Vaccari, comecei a ter reuniões com ele, e havia essas reuniões, essas combinações (de repasses da propina", detalha Barusco.
Barusco defende o projeto da Sete Brasil, empresa criada para construir e alugar sondas do pré-sal. A empresa está em dificuldades financeiras.
"Estávamos falando de pagamento de propina, e eu não neguei. Mas nem por isso tudo está errado", argumenta Barusco, sobre a Sete Brasil. Ele trabalhou na subsidiária da Petrobras após sair da estatal e citou projetos que considera importantes da empresa, mas reconheceu que também houve corrupção na Sete.
"Tem que separar o que houve de errado. Na Sete Brasil, foram pagos R$ 10 milhões de propina, no máximo".
Paulo - Ele afirma ainda que a sua relação com Sérgio Gabrielli era "estritamente profissional". Diz, ainda, que nunca discutiu propina com José Dirceu, com quem encontrou-se poucas vezes.
"Posso contar na mão as vezes em que encontrei Dirceu", afirma.