A Folha promove nesta segunda (21) e terça-feira (22), com o patrocínio da Clua (Climate and Land Use Alliance), o Fórum Desmatamento Zero, que discutirá propostas e estratégias para eliminar o desmatamento no Brasil e a emissão de gases de efeito estufa causada por ele.
O seminário reúne 21 convidados para as palestras e debates. Participam das dicussões Maria Lúcia de Oliveira Falcón, presidente do Incra, Raimundo Deusdará Filho, diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro e Thelma Krug, assessora de Cooperação Internacional do Inpe, entre outros nomes.
Os temas principais são o conceito de desmatamento ilegal zero defendido pelo governo federal, as metas brasileiras para a Conferência do Clima em Paris e o papel das cadeias produtivas –pecuária à frente– na eliminação do desflorestamento, além da exploração ilegal de madeira.
Os debates e palestras acontecem no Tucarena (rua Monte Alegre, 1.024, Perdizes), das 9h às 13h.
Assim termina a cobertura do segundo dia do Fórum Desmatamento Zero. Boa tarde e obrigado pela audiência.
"Grande parte dos produtores que se registraram no CAR já assumiram que não estão respeitando as reservas legais e pediram ajuda para se legalizar."
Leite lembra que, no entanto, ainda há muitos desafios a serem superados, como a unificação de cadastros rurais para fazer o controle do desmatamento e a viabilização do financiamento de projetos sustentáveis.
O debate sobre quando isso ocorrerá ainda está aberto, mas parece que a discussão não é mais se isso é possível, diz Leite.
No encerramento, o repórter especial e colunista da Folha Marcelo Leite destaca que vários setores se alinharam na meta de se chegar ao desmatamento zero.
"As comunidades da Amazônia são fundamentais para o desenvolvimento da economia florestal brasileira, e o governo precisa trabalhar nisso."
Ele diz que a a agenda das concessões devem ser restauradas, de forma que a as áreas florestais sejam exploradas por comunidades tradicionais e assentadas pelo governo federal.
Para ele, as concessões florestais precisam decolar no Brasil. "O Estado tem de tomar as rédeas e fazer isso acontecer."
Ele destaca que além da fiscalização, o governo brasileiro tem outros papéis, que não vêm sendo bem feitos.
"A agenda do desmatamento zero só será possível com o engajamento de todos os atores da sociedade", diz Amaral.