A Folha promove nesta segunda (21) e terça-feira (22), com o patrocínio da Clua (Climate and Land Use Alliance), o Fórum Desmatamento Zero, que discutirá propostas e estratégias para eliminar o desmatamento no Brasil e a emissão de gases de efeito estufa causada por ele.
O seminário reúne 21 convidados para as palestras e debates. Participam das dicussões Maria Lúcia de Oliveira Falcón, presidente do Incra, Raimundo Deusdará Filho, diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro e Thelma Krug, assessora de Cooperação Internacional do Inpe, entre outros nomes.
Os temas principais são o conceito de desmatamento ilegal zero defendido pelo governo federal, as metas brasileiras para a Conferência do Clima em Paris e o papel das cadeias produtivas –pecuária à frente– na eliminação do desflorestamento, além da exploração ilegal de madeira.
Os debates e palestras acontecem no Tucarena (rua Monte Alegre, 1.024, Perdizes), das 9h às 13h.
"Temos mais de 88 milhões de hectares, sendo que 81% dessas terras estão na Amazônia legal", prossegue Maria Lucia.
O Incra tem 45 anos e mais de 9.000 assentamentos no Brasil inteiro, com mais de um milhão de famílias assentadas, diz Maria Lucia.
Assim, o painel "Por que a regularização fundiária e ambiental são fundamentais para o desmatamento zero?" terá, além de Thiago Valente, Maria Lucia de Oliveira Falcón, do Incra, e Valmir Ortega, da consultoria Geoplus.
Simão Jatene, governador do Pará (PSDB), não pôde comparecer. Em seu lugar, entra Thiago Valente, presidente do Ideflor-bio, do Pará.
Almir Suruí, da Associação Metareilá do povo indígena Suruí, na abertura do fórum
O seminário entra agora em pausa para o café. O próximo painel, "Por que a regularização fundiária e ambiental são fundamentais para o Desmatamento Zero?", está programado para as 11h20.
Termina a palestra de Adriana Ramos, do Instituto Socioambiental.
Segundo ela, há comunidades de mulheres que usam babaçus da região e que precisam ser protegidas.
Adriana Ramos, coordenadora do Instituto Socioambiental, durante sua palestra no fórum (Cláudio Goldberg Rabin/Folhapress).
"E, sobretudo, é preciso cuidar também do cerrado, que é a nova fronteira agrícola do Brasil", afirma.