A Folha promove nesta segunda (21) e terça-feira (22), com o patrocínio da Clua (Climate and Land Use Alliance), o Fórum Desmatamento Zero, que discutirá propostas e estratégias para eliminar o desmatamento no Brasil e a emissão de gases de efeito estufa causada por ele.
O seminário reúne 21 convidados para as palestras e debates. Participam das dicussões Maria Lúcia de Oliveira Falcón, presidente do Incra, Raimundo Deusdará Filho, diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro e Thelma Krug, assessora de Cooperação Internacional do Inpe, entre outros nomes.
Os temas principais são o conceito de desmatamento ilegal zero defendido pelo governo federal, as metas brasileiras para a Conferência do Clima em Paris e o papel das cadeias produtivas –pecuária à frente– na eliminação do desflorestamento, além da exploração ilegal de madeira.
Os debates e palestras acontecem no Tucarena (rua Monte Alegre, 1.024, Perdizes), das 9h às 13h.
"Desmatamento ilegal não é um problema tecnológico, mas político."
Para ela, falta visibilidade sobre o que é o desmatamento.
"Estamos buscando um selo chamado origem Brasil para ajudar a valorizar as comunidades amazônicas e o que elas produzem de maneira sustentável", diz.
Segundo ela, a lógica da sustentabilidade "é um manejo múltiplo e não deve ser guiado pelo mercado."
"Nós temos preocupação. Para o CAR se efetivo, ele precisa ser executado. Há gente trabalhando para alterar a implantação do CAR do ano que vem para 2018, o que é um tentativa de fazer com que ele não seja cumprido", diz.
Ela diz haver grande expectativa com o CAR (Cadastro Ambiental Rural).
"O Brasil tem um agronegócio que trabalha com índices de produtividade dos anos 60".
Ela diz que que a restauração da floresta é cara e incerta. "Desmatar aqui e restaurar ali não é um processo tão exato, principalmente se se usar especies exóticas".
"Temos desafios que questionam o progresso de sociedades industriais, que buscam sujeitar as comunidades indígenas a esse modo de vida. Temos que mudar esse paradigma."
Segundo Adriana, a violência costuma ser maior em áreas degradadas, onde o modo de vida das comunidades foi destruído.