Nestor Cerveró fala sobre a polêmica compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), em 2006, que custou à estatal brasileira US$ 1,2 bilhão após os desentendimentos com a antiga proprietária e sócia, a empresa belga Astra Oil. Na época, Cerveró presidia a diretoria internacional da estatal e elaborou o resumo técnico, que serviu de base para o Conselho de Administração da Petrobras aprovar a compra. A presidente Dilma era, na época, a chefe da Casa Civil e presidia o conselho, que aprovou a compra de 50% da refinaria
Nestor Cerveró: Me incomoda essa classificação de 'projeto malfadado'. É injusto. Houve equívocos, não foi o melhor projeto do mundo. Mas daí dizer que foi uma operação malfadada e causadora de grande prejuízo à Petrobras não é justo.
Nestor Cerveró afirma que sua transferência da diretoria da área internacional para a distribuidora BR não foi punição. "Eu não me senti rebaixado. Eu fui substituído, o que é um processo normal na Petrobras. Da mesma forma que fui nomeado em 2003, foi substituído em 2008. Não houve nenhuma punição", disse.
Para Cerveró, é muito diferente fazer uma análise sobre a compra da refinaria de Pasadena (EUA) hoje e na época, em 2005. Para o ex-diretor, Pasadena não foi rentável porque o projeto planejado não foi concluído, devido a uma mudança de prioridades na Petrobras.
Nestor Cerveró responderá agora ao bloco de perguntas. Ele terá até 45 minutos de fala. O ex-diretor esclarecerá as questões feitas pelos deputados Vanderlei Macris (PSDB-SP), Mendonça Filho (DEM-PE), Fernando Francischini (SDD-PR) e Emanuel Fernandes (PSDB-SP).
O deputado Emanuel Fernandes (PSDB-SP) pergunta a Cerveró quanto vale, hoje, a refinaria de Pasadena (EUA). Cerveró diz que não sabe responder pelo tempo de afastamento da área internacional. "Isso depende muito da oportunidade, da situação de mercado", disse.
O deputado Stepan Nercessian (PPS-RJ) diz que Nestor Cerveró está sendo usado como bode expiatório no caso da compra da refinaria de Pasadena.
Na primeira parte do depoimento à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara, Nestor Cerveró rebateu Dilma e disse que cláusulas omitidas não eram importantes
O ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró fala na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara (Alan Marques/Folhapress)
Quem pergunta agora é o deputado Stepan Nercessian (PPS-RJ). Ele elogia Cerveró como um bom funcionário público.
A bancada do PT reage, reclamando contra a afirmação do deputado do SDD.