A Folha realiza na nesta quarta-feira (25) o segundo dia do Fórum Infraestrutura de Transporte . No evento, serão debatidos as principais oportunidades de negócios em infraestrutura no Brasil e as variáveis que afetam os próximos leilões de concessões.
Entre os temas abordados, estão os custos, as oportunidades e os desafios da logística brasileira, o impacto da regulação nos leilões, os modelos de concessões e os instrumentos de financiamento.
Também haverá uma mesa sobre a integração dos diferentes meios de transporte e a mobilidade urbana. Entre os palestrantes, estão confirmados os ministros Eliseu Padilha (Aviação Civil) e Helder Barbalho (Portos). Nelson Barbosa (Planejamento) fez a abertura do primeiro dia.
Participam ainda Alessandro Oliveira, professor-adjunto do ITA, Bruno Pereira, coordenador do portal PPP Brasil, Giovanni Pengue Filho, diretor-geral da Artesp, e José Alberto Pereira Ribeiro, presidente da Aneor. Veja a programação completa.
Confira a cobertura do primeiro dia do Fórum.
Bisordi afirma que o aeroporto é um ativo bastante flexível, com receitas não reguladas na área comercial e até imobiliária. Não há, portanto, a necessidade de um aporte do governo. O grande desafio são os aeroportos regionais, que ainda não têm uma demanda estabelecida, e nesse caso haveria uma necessidade do governo viabilizar o negócio
Plano de concessões deve injetar mais de R$ 30 bi em 10 aeroportos
Segundo Ricardo Bisordi, diretor de negócios de aeroportos da CCR, há muito pouco planejamento no Brasil, em boa parte por causa do “timing” político. É preciso de fato tornar as agências reguladoras entidades de Estado, e não meramente de governo, afirma
Mesmo com crise, segundo Oliveira, é provável que os 70 milhões de passageiros por ano que passam pelos aeroportos de Cumbica, Congonhas e Viracopos se tornem 140 milhões na década de 20 e, por isso, algum novo aeroporto é necessário para acomodar a demanda
De acordo com Alessandro Oliveira, professor do ITA, o transporte aéreo é muito sensível ao momento da economia. Nos últimos anos, segundo ele, houve um crescimento rápido do setor, o que fez muitas decisões serem tomadas em momento de forte pressão.
A mediadora, Mariana Barbosa, abre a mesa perguntando aos presentes sobre a nova rodada de concessões, que seria insuficiente para fazer frente à demanda do setor aéreo.
Esq. p/ dir.: Ricardo Bisordi, Alessandro Oliveira, Clarissa Costa de Barros e a mediadora Mariana Barbosa (Crédito: Anna Rangel/Folhapress)
MESA 4 - Oportunidades e desafios nas concessões de aeroportos
Ricardo Bisordi de Oliveira Lima, diretor de negócios dos aeroportos da CCR
Alessandro Vinicius Marques de Oliveira, professor do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica)
Clarissa Costa de Barros, superintendente de regulação econômica de aeroportos da Anac
Mariana Barbosa, jornalista e mediadora
"A melhor tarifa é aquela que garante retorno ao usuário, e essa é uma questão técnica e não política", diz Resende. O coordenador do Núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral aponta que uma rodovia com grande transporte de commodities, por exemplo, deve ter tarifas mais baixas para enxugar o custo logístico. Em estradas mais usadas por carros de passeio, é possível cobrar a mais.
Resende afirma que o equilíbrio entre valor de tarifa e eficiência logística é "a questão de um milhão de dólares". É chegada a hora, segundo ele, de analisar as variáveis que compõem o pedágio. "Se fôssemos fazer concessões agora, teríamos tarifas altíssimas pela desconfiança dos investidores em relação à crise político-institucional brasileira", afirmou
Atualizado em 09/05/2025 | Fonte: CMA | ||
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