Terroristas atacaram seis alvos em Paris na sexta-feira (13), deixando 129 mortos e cerca de 350 feridos, no pior atentado na Europa desde as explosões de bomba no sistema de transportes de Madri, em 2004.
Após o Estado Islâmico reivindicar os ataques, o presidente François Hollande afirmou que a França está em guerra e reforçou sua operação aérea contra a facção radical na Síria.
Esse foi o maior ataque francês na Síria até hoje. Segundo o Ministério da Defesa francês, dez caças lançaram vinte bombas simultaneamente. A operação, realizada em conjunto com as forças armadas dos EUA , atingiu um centro de comando, um centro de recrutamento para jihadistas, um depósito de munições e um campo de treinamento, segundo informações do governo francês.
Ministério da Defesa da França diz em comunicado que dois alvos ligado ao Estado Islâmico foram atingidos na noite deste domingo (15) que Raqqah, na Síria. A operação que visa desmontar a organização terrorista utilizou dez caças.
Entre as vítimas fatais dos atentados de Paris, vinte eram estrangeiros incluindo três chilenos, um espanhol e dois mexicanos. O saldo provisório do massacre é de 129 mortos e 352 feridos. Entre os feridos estão dois brasileiros.
(Foto: Alain Jocard/AFP) Torre Eiffel apagada em luto pelas vítimas no sábado (14). Veja mais fotos de Paris depois dos ataques
Segundo a agência Associated Press, quatro funcionários franceses teriam informado que a polícia interrogou e liberou suspeitos de terem promovido os atentados de Paris poucas horas depois do ocorrido. A polícia teria parado o carro de Saleh Abdeslam perto da fronteira belga horas depois que as autoridades já tinham identificado Abdeslam como o locatário de um Volkswagen Polo abandonado no local do ataque. Na ocasião, ele estaria acompanhado de mais duas pessoas. Abdeslam é agora o foco de uma caçada internacional. Um de seus irmãos detonou um colete suicida no centro de Paris e outro foi detido na Bélgica. Segundo a AP, três policiais franceses e um funcionário de segurança de alto escalão do governo francês confirmam que os oficiais pararam Abdeslam e conferiram seus documentos, liberando-o em seguida. Os funcionários teriam falado na condição de anonimato porque não estavam autorizados a revelar publicamente detalhes da investigação.
Caças franceses lançaram 20 bombas neste domingo (15) sobre o reduto do grupo radical Estado Islâmico em Raqa, leste da Síria, destruindo um posto de comando e um campo de treinamento, anunciou o ministério da Defesa francês. "O primeiro alvo destruído era utilizado pelo Daech (acrônimo em árabe do EI) como posto de comando, centro de recrutamento jihadista e depósito de armas e munição. O segundo alvo abrigava um campo de treinamento terrorista", acrescentou o ministério em um comunicado.
Ao contrário do que a agência France Presse havia informado, o número oficial de mortos nos atentados permanece sendo de 129, e não de 132. As três pessoas que morreram neste domingo (15) já haviam sido incluídas na contagem de 129 vítimas fatais.
Os líderes do G20 tomarão medidas contra a crescente circulação de terroristas estrangeiros, segundo um rascunho da declaração final da cúpula de Antalya (Turquia). As principais economias do planeta concordaram em "compartilhar informações operacionais, fazer uma gestão de fronteiras para detectar deslocamentos, tomar medidas preventivas, dar uma resposta judicial adequada e fazer um reforço da segurança aérea internacional", segundo o rascunho obtido pela AFP.
Neste momento, cinco mil soldados estão mobilizados para fazer a segurança de Paris e arredores, segundo nota do Ministério da Defesa francês.
Museus e outros centros culturais de Paris vão reabrir na tarde de segunda-feira (16), informou o ministério da Cultura francês. Os museus abrirão a partir das 13h00. Já a Torre Eiffel permanece fechada, mas as luzes — desligadas desde os atentados em sinal de luto — voltaram a ser acesas neste domingo (15). O símbolo da capital francesa permanecerá iluminada, mas se apagará a cada cinco minutos a cada hora em respeito pela situação, informou a empresa que gerencia a torre. A Torre Eiffel, visitada todos os dias por cerca de 20.000 pessoas, está fechada desde sexta-feira.