Terroristas atacaram seis alvos em Paris na sexta-feira (13), deixando 129 mortos e cerca de 350 feridos, no pior atentado na Europa desde as explosões de bomba no sistema de transportes de Madri, em 2004.
Após o Estado Islâmico reivindicar os ataques, o presidente François Hollande afirmou que a França está em guerra e reforçou sua operação aérea contra a facção radical na Síria.
Novos bombardeios na Síria: aviões de caça russos atacam posições do Estado Islâmico no país, informa a AFP
Segundo a polícia parisiense, as prisões e incursões têm como alvo "pessoas, armas e objetos possivelmente ligados a atividades de natureza terrorista".
A polícia de Paris afirmou que 16 pessoas já foram presas ou detidas na cidade por suspeita de vínculo com os ataques de Paris desde o último domingo (15). Além disso, foram feitas 104 incursões policiais, e seis armas de fogo foram apreendidas desde que o estado de emergência foi declarado, no sábado (14).
Nos hospitais de Paris, vítimas tratam sequelas 'físicas e psicológicas'. Veja a reportagem.
Carros de polícia esperam enquanto oficiais investigam um prédio residencial, em uma cidade alemã próxima à fronteira belga, onde viveriam suspeitos de envolvimento com os ataques de Paris. A polícia alemã prendeu cinco pessoas na região, nesta terça-feira (17).
O autor do texto de reivindicação dos ataques de Paris foi identificado nesta terça (17) -trata-se do jihadista francês Fabien Claine, segundo fontes próximas da investigação à AFP. O jovem, de 35 anos e originário de Toulouse, no sudoeste da França, era próximo de Mohamed Merah, o jihadista que matou três militares, um professor e três estudantes de uma escola judaica em março de 2012. Veterano das fileiras islamitas francesas, Claine foi condenado em julho de 2009 a cinco anos de prisão e, ao final da pena, partiu para a Síria.
A polícia alemã anunciou a prisão de mais duas pessoas nesta terça-feira (17), além dos três suspeitos -duas mulheres e um homem- que haviam sido detidos mais cedo perto da cidade de Aachen, na fronteira da Alemanha com a Bélgica. A polícia não deu detalhes sobre as prisões.
O reforço na segurança e no controle das fronteiras e serviços aduaneiros promovido pelo governo francês desde os ataques em Paris, na última sexta-feira (13), alterou a rotina dos viajantes que passam por estações de trens, ônibus e aeroportos.
Fachada do hotel Appart'City Paris Alfortville, em Paris, que teria sido usado como esconderijo de terroristas ligados aos ataques
Um explosivo caseiro derrubou o avião russo que sobrevoava o Egito, no dia 31 de outubro, matando 224 pessoas a bordo. "Segundo nossos especialistas, uma bomba caseira com o equivalente a 1 kg de TNT foi explodida dentro do avião", afirmou Alexander Bortnikov, chefe do serviço de segurança. Segundo ele, os explosivos foram produzidos fora da Rússia.