As manifestações convocadas para esta quinta-feira (20) por movimentos sociais que se opõem ao impeachment de Dilma Rousseff defenderam a presidente, mas atacaram o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Em São Paulo, os manifestantes, que se reuniram no largo da Batata (região oeste), vão até o Masp, na av. Paulista. Os protestos ocorreram nas capitais de 24 Estados, além do Distrito Federal. Apenas Rio Branco (AC) e Macapá (AP) não tiveram atos.
Já era previsto que as mobilizações criticassem medidas tomadas como o ajuste fiscal e a Agenda Brasil, pacote de medidas propostas pelo PMDB do Senado.
A CUT (Central Única dos Trabalhadores), a UNE (União Nacional dos Estudantes) e o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) estão à frente das manifestações, mas foram às ruas com pautas diferentes.
Ligadas historicamente ao PT, CUT e UNE protestam contra os pedidos de impeachment de Dilma. Para o MTST, a prioridade é criticar o ajuste fiscal e a Agenda Brasil.
Em várias cidades os manifestantes pediam, ao mesmo tempo, a saída do ministro da Fazenda e do presidente da Câmara: "Fora já, fora daqui, Eduardo Cunha, leva o Levy", era um dos gritos de ordem.
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BRASÍLIA (DF) - O líder do PT no Senado Federal, Humberto Costa (PE), participa do protesto em Brasília. Segundo ele, a manifestação é importante para desmotivaram "aqueles que querem um atalho para chegar ao poder". "É uma demonstração de que os movimentos sociais e de esquerda não vão assistir passivamente à tentativa de derrubar a presidente Dilma Rousseff e de retrocesso nos avanços dos últimos anos".
A CARA DO PROTESTO
Nome: Mariza dos Santos
Idade: 33
Profissão: Agricultora
Em quem votou? Dilma
Frase: "Não entendo direito o que é impeachment mas acho que Dilma tem que ficar. Ela fez muita coisa, que nem Lula. Tem o Bolsa Família e o garantia safra que a ajuda a gente."
Foto: Renata Moura/Folhapress
BRASÍLIA (DF) - Em resposta à manifestação pró-Dilma em Brasília, um grupo de nove pessoas que estava na rodoviária começou a gritar "Dilma na cadeia" e "Fora comunistas". Apesar do embate, não houve briga.
BRASÍLIA (DF) - Manifestantes de várias entidades, como CUT, União Nacional dos Estudantes e MST, chegaram à rodoviária às 18h15 para panfletar aos gritos de "Não vai ter golpe".
O ato, que começou tímido, reúne agora centenas de pessoas vestidas de vermelho. Não há estimativa de público até o momento. Nas faixas, críticas à atuação do Congresso, ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e contra o ministro Joaquim Levy.
SÃO PAULO (SP) - Depois de deixar o largo da Batata (zona oeste), manifestantes caminham pelas avenidas Brigadeiro Faria Lima e Rebouças rumo à Paulista (centro).
BRASÍLIA (DF) - Manifestantes chegam à estação rodoviária do Plano Piloto, na capital federal | Foto: Gustavo Uribe/Folhapress
SÃO PAULO (SP) - Presidente da UNE, a estudante de economia Carina Vitral, discursa em caminhão de som no largo da Batata. "Intervenção militar acontece todos os dias na periferia", diz. Ela afirma que o ajuste fiscal atrapalha programas para a educação, como o Fies e o Prouni.
BRASÍLIA (DF) - Passeata de manifestantes chega à estação rodoviária do Plano Piloto.
ARACAJU (SE) - Manifestantes que formam a Frente Sergipana Brasil Popular percorreram as ruas do centro de Aracaju. PM estimou em 500 pessoas, enquanto a CUT/SE diz que foram 3.500. A maioria discursou contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), contra o Programa de Proteção ao Emprego (PPE) e pelo fim do fator previdenciário.
SÃO PAULO (SP) - João Paulo, representante do MST, diz que é preciso fazer uma frente contra "coxinhas" e diz que irá disputar as ruas. Fala que o Sete de Setembro é dia do grito dos excluídos e não de manifestações da direita.