Em atos pró-Dilma pelo país, manifestantes gritam 'fora Levy'

As manifestações convocadas para esta quinta-feira (20) por movimentos sociais que se opõem ao impeachment de Dilma Rousseff defenderam a presidente, mas atacaram o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Em São Paulo, os manifestantes, que se reuniram no largo da Batata (região oeste), vão até o Masp, na av. Paulista. Os protestos ocorreram nas capitais de 24 Estados, além do Distrito Federal. Apenas Rio Branco (AC) e Macapá (AP) não tiveram atos.

Já era previsto que as mobilizações criticassem medidas tomadas como o ajuste fiscal e a Agenda Brasil, pacote de medidas propostas pelo PMDB do Senado.

A CUT (Central Única dos Trabalhadores), a UNE (União Nacional dos Estudantes) e o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) estão à frente das manifestações, mas foram às ruas com pautas diferentes.

Ligadas historicamente ao PT, CUT e UNE protestam contra os pedidos de impeachment de Dilma. Para o MTST, a prioridade é criticar o ajuste fiscal e a Agenda Brasil.

Em várias cidades os manifestantes pediam, ao mesmo tempo, a saída do ministro da Fazenda e do presidente da Câmara: "Fora já, fora daqui, Eduardo Cunha, leva o Levy", era um dos gritos de ordem.

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• 17h28  

  FORTALEZA (CE) - Estimativa da CUT, principal organizadora da manifestação, é de 15 mil pessoas em Fortaleza. Números preliminares da Secretaria de Segurança Pública do Ceará apontam para 2.500 pessoas.
  
  O deputado federal pelo PT José Guimarães está na Praça do Ferreira em demonstração de apoio a Dilma. Segundo ele, a principal pauta da manifestação é o repúdio "a um possível golpe contra a democracia". Guimarães afirma que o país se encontra no meio de uma disputa política, mas acredita que a situação vai melhorar a partir de setembro, "quando a inflação começar a cair".
  
  Em Fortaleza, a maioria dos manifestantes carregava faixas em defesa de reformas sociais e da defesa da democracia. O deputado afirma que há uma pluralidade de visões na manifestação.
  
  "Movimento social é assim. Uns apoiam a Dilma, outros querem democracia, outros querem trabalho. Aqui tem muita diversidade, e esse é o verdadeiro Brasil". Guimarães foi o deputado federal do PT com mais votos no Ceará em 2014.

• 17h26  

  SÃO PAULO (SP) - Segundo fontes da PM, há 3.000 manifestantes concentrados no largo da Batata, em Pinheiros (zona oeste).

• 17h19  

  

  RIBEIRÃO PRETO (SP) - Manifestação que conta com membros de entidades de estudantes (UNE e UEE), CUT, MST e PT no centro de Ribeirão Preto culpa o setor sucroalcooleiro pela crise que as usinas enfrentam. Segundo os manifestantes, as empresas não souberam usar o dinheiro público que receberam na década passada para investimentos e agora querem mais dinheiro, para resolver a crise que eles mesmos criaram. Cerca de 200 pessoas participam do ato na esplanada do Theatro Pedro 2

• 17h17  

  PORTO ALEGRE (RS) - Com bandeiras vermelhas, manifestantes iniciam uma marcha pelas ruas centrais de Porto Alegre. "Não vai ter golpe, vai ter luta", cantam os manifestantes em marcha. Pela manhã, lideranças de diferentes movimentos sociais participam do lançamento do Movimento em Defesa da Democracia e dos Direitos Sociais, no salão da Paróquia Pompéia, em Porto Alegre. O movimento é uma reação "contra o avanço das pautas conservadoras no Congresso Nacional e o agravamento e instabilidade do atual quadro político no Brasil", diz o panfleto do encontro. CUT, CTB, UNE e Nova Central participam da plenária junto com integrantes do PT e PCdoB.
  
  De acordo com o presidente do PT muncipal, Rodrigo Oliveira, 1.500 pessoas participaram do ato.
  
  Durante o evento foram distribuídos panfletos contra o governador José Ivo Sartori (PMDB). "Governo Sartori faz terrorismo com funcionalismo para aumentar impostos e privatizar", diz o texto assinado pelo PCdoB.

• 17h09  

  RECIFE (PE) - No Recife, a manifestação tem clima de festa. Grupo de percussão Boi de Mainha toca maracatu no ato, que também reúne movimentos de luta por moradia, grupos feministas, sindicalistas e partidos políticos. Participam ainda representantes do sindicato das trabalhadoras domésticas.
  
  "Nós conseguimos muitos avanços nos governos do PT. Dilma foi eleita pelo povo, de forma democrática, e agora a direita quer dar o golpe", disse a diretora-geral do sindicato, Luiza Batista, 59, aposentada como doméstica.
  
  Muitas pessoas fazem fila para estampar camisas com frases e imagens em apoio ao ato. Há opções com a frase "somos todos filhos da democracia, não ao golpe" e com uma foto do rosto de Dilma da época de militante. Cada pessoa leva sua camisa, e a pintura é bancada pelo Movimento Fora Cunha.

• 17h07  

  BELO HORIZONTE (MG) - Reunidos na praça Afonso Arinos, centro de BH, manifestantes vestidos de vermelho defendem o governo Dilma Rousseff, mas pedem a saída do ministro Joaquim Levy (Fazenda) e do presidente da Câmara Eduardo Cunha.
  
  De cima de uma carro de som, a presidente da CUT, Beatriz Cerqueira, afirma ao público que "não vai ter golpe" e convoca a bateria.
  
  A PM ainda não divulgou estimativa de público. Para a organização do ato, são 5.000 presentes. Estão presentes a CUT, CTB, MST, UNE, UJS, Levante Popular da Juventude, MAB e outros movimentos.

• 17h04  

  

  FORTALEZA (CE) - Com frases em favor de Dilma , sindicalistas participam de protesto em Fortaleza| Foto: George Pedrosa/Folhapress

• 16h57  

  SÃO LUÍS (MA) - Manifestantes dizem que protestam contra o golpe, mas também criticaram a atual política econômica. O tucano Aécio Neves e o PSDB foram os principais alvos. Aécio foi chamado de golpistas por várias vezes. Com muitas bandeiras do PT e a presença de políticos do partido, o grupo afirma que a crise é culpa das elites. Organizadores estimam a participação de 1.500 pessoas, mas a PM calcula em 300.

• 16h42  

  RIO (RJ) - Segundo fontes da PM, o número de manifestantes concentrados em frente à igreja da Candelária, centro carioca, é de cerca de 500.

• 16h42  

  NATAL (RN) - Manifestantes aproveitam o protesto contra o impeachment da presidente Dilma para protestar também contra a proposta da redução da maioridade penal e também à política econômica do governo.
  
  A funcionária pública Cristina Souza empunha uma placa pedindo a saída de Levy. "O ajuste está prejudicando as pessoas", afirma. "Sou contra o impeachment de Dilma porque houve muitos avanços sociais nos últimos anos, mas a favor da saída de Levy".
  
  Já o estudante de psicologia André Coutinho, 24, tem críticas à política econômica do governo, mas defende a permanência de Dilma. A principal bandeira dele, no entanto, é conta a redução da maioridade penal.
  
  Os manifestantes gritam: "Sim, Dilma fica" e "olé olé olá Dilma, Dilma"