As manifestações convocadas para esta quinta-feira (20) por movimentos sociais que se opõem ao impeachment de Dilma Rousseff defenderam a presidente, mas atacaram o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Em São Paulo, os manifestantes, que se reuniram no largo da Batata (região oeste), vão até o Masp, na av. Paulista. Os protestos ocorreram nas capitais de 24 Estados, além do Distrito Federal. Apenas Rio Branco (AC) e Macapá (AP) não tiveram atos.
Já era previsto que as mobilizações criticassem medidas tomadas como o ajuste fiscal e a Agenda Brasil, pacote de medidas propostas pelo PMDB do Senado.
A CUT (Central Única dos Trabalhadores), a UNE (União Nacional dos Estudantes) e o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) estão à frente das manifestações, mas foram às ruas com pautas diferentes.
Ligadas historicamente ao PT, CUT e UNE protestam contra os pedidos de impeachment de Dilma. Para o MTST, a prioridade é criticar o ajuste fiscal e a Agenda Brasil.
Em várias cidades os manifestantes pediam, ao mesmo tempo, a saída do ministro da Fazenda e do presidente da Câmara: "Fora já, fora daqui, Eduardo Cunha, leva o Levy", era um dos gritos de ordem.
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RIO (RJ) - Cerca de 200 manifestantes de Contag, CUT, CTB, PT e Sindpetro ocupam a praça em frente à igreja da Candelária, na av. Presidente Vargas, centro da capital fluminense. "Pode temer, pode temer, quem tá aqui é a infantaria do PT", entoam os manifestantes.
Centrais sindicais e movimentos sociais reunidos em Porto Alegre em defesa da democracia. #NãoVaiTerGolpe pic.twitter.com/ukyhiAcG7P
— Dep. Edegar Pretto (@EdegarPretto) August 20, 2015
PORTO ALEGRE (RS) Na capital gaúcha, cerca de 1.500 pessoas participam de uma reunião no salão da igreja Pompéia, diz o presidente do PT municipal, Rodrigo Oliveira. Segundo ele, o encontro é uma "preparação" para a caminhada que está prevista para as 17h rumo à Esquina Democrática, entre a Rua da Praia e Avenida Borges de Medeiros.
O local --tombado como patrimônio cultural da cidade-- é usado como espaço para diferentes protestos e manifestações culturais. A marcha será dividida em diversos trajetos, segundo Oliveira, "para dialogar com a sociedade" ao longo do caminho.
FORTALEZA (CE). - Estudantes de cinco escolas públicas da capital cearense acabam de chegar à praça da Bandeira. Os grupos vieram em ônibus, mobilizados pela Ubes (União Brasileira de Estudantes Secundaristas). De acordo com o vice-presidente da entidade no Ceará, o estudante Mario Ramon Macedo, cerca de 500 alunos irão participar da manifestação ao longo da tarde "em defesa da democracia e contra qualquer tentativa de golpe".
A emissora estatal venezuelana TeleSur disse que os protestos de hoje defendem as conquistas efetuadas desde que o PT chegou ao poder e rechaçam "tentativas de golpe promovidas pelos setores conservadores".
#BrasilDaDemocracia Video: Brasileños se manifiestan en 16 ciudades en apoyo a Dilma Rousseff http://t.co/E0jBygBvxY
— Marciano Brito (@MarcianoBrito13) August 20, 2015
#BrasilDaDemocracia
Na Bahia mais de seis mil Sem Terra se somam as mobilizações que acontecem hoje em todo país pic.twitter.com/wfrlDarqwJ
— MST Oficial (@MST_Oficial) August 20, 2015
FORTALEZA (CE) - Cerca de 50 manifestantes estão concentrados na praça da Bandeira para manifestação em apoio ao mandato de Dilma Rousseff. O PT estadual, a CUT e o MST estão entre os organizadores. A PM não divulgou estimativa. Um outro ato do PT era previsto para a manhã, mas acabou não acontecendo.
JOÃO PESSOA (PB) - Os manifestantes se reuniram no parque Solón de Lucena, na capital da Paraíba, pouco depois das 11h, de onde partiram de ônibus para Campina Grande, onde um ato contra o impeachment de Dilma está previsto para as 16h. O grupo escolheu a cidade --governada pelo prefeito Romero Rodrigues Veiga (PSDB)-- porque Campina Grande é considerada a "capital tucana" do Estado. O município também é berço político do ex-governador Cássio Cunha Lima, tucano histórico da Paraíba.
CURITIBA (PR) - Com o grito de ordem "Não vai ter golpe", a manifestação em Curitiba acabou por volta das 13h20. Segundo os organizadores, 5.000 pessoas participaram do ato --a PM diz que foram 600. O grupo saiu no final da manhã em passeata pelas ruas do centro e se concentrou na Boca Maldita, por volta das 12h30. Líderes sindicais e de partidos de esquerda discursaram no carro de som.
"O combate à corrupção não pode ter lado, nem ser feito olhando o partido", disse Roni Barbosa, membro da direção nacional da CUT. Ele e outros líderes pediram pela permanência de Dilma no governo. Uma das manifestantes carregava um cartaz: "Moro, e o P$DB?". "É claro que a investigação está sendo seletiva", disse ela, que não quis se identificar.