As manifestações convocadas para esta quinta-feira (20) por movimentos sociais que se opõem ao impeachment de Dilma Rousseff defenderam a presidente, mas atacaram o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Em São Paulo, os manifestantes, que se reuniram no largo da Batata (região oeste), vão até o Masp, na av. Paulista. Os protestos ocorreram nas capitais de 24 Estados, além do Distrito Federal. Apenas Rio Branco (AC) e Macapá (AP) não tiveram atos.
Já era previsto que as mobilizações criticassem medidas tomadas como o ajuste fiscal e a Agenda Brasil, pacote de medidas propostas pelo PMDB do Senado.
A CUT (Central Única dos Trabalhadores), a UNE (União Nacional dos Estudantes) e o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) estão à frente das manifestações, mas foram às ruas com pautas diferentes.
Ligadas historicamente ao PT, CUT e UNE protestam contra os pedidos de impeachment de Dilma. Para o MTST, a prioridade é criticar o ajuste fiscal e a Agenda Brasil.
Em várias cidades os manifestantes pediam, ao mesmo tempo, a saída do ministro da Fazenda e do presidente da Câmara: "Fora já, fora daqui, Eduardo Cunha, leva o Levy", era um dos gritos de ordem.
Se você está acompanhando os protestos, envie fotos e relatos pelo Whatsapp da Folha: (11) 99490-1649.
#BrasilDaDemocracia Imagem perfeita das pessoas lutando pela democracia, e repudiando o golpe. pic.twitter.com/gp7zat2vsn
— Izi's (@profhistoriaht) August 20, 2015
SALVADOR (BA) - No ato da capital baiana, manifestantes carregam cartazes com os dizerem "fora, Cunha!". À tarde, o ex-governador e ex-ministro da Defesa Waldir Pires e o ex-diretor geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo), Haroldo Lima, devem participar da manifestação. Já o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli não deve comparecer ao evento. Segundo a CUT, há protestos em 16 cidades da Bahia.
BELÉM (PA) - PM estima que há 200 manifestantes no ato contra o impeachment de Dilma na capital paraense. Já os organizadores falam em mil pessoas. Militantes se reuniram no bairro Umarizal antes de sair em caminhada.
MACEIÓ (AL) - Manifestantes saem agora da praça Sinimbu, no centro da capital alagoana, em caminhada rumo ao palácio do governo estadual. Além de movimentos sociais, os sindicatos de policiais civis e dos bancários também participam do ato. Faixas pedem "reforma política, já!" e "não às privatizações de empresas públicas".
FORTALEZA (CE) - Manifestação contra o ajusta fiscal e a favor da saída de Eduardo Cunha do Congresso tem início no centro na capital cearense. A passeata é organizada pelo PSOL, UNE, MTST e outros movimentos sociais. Ato do PT, que chegou a ser agendado para a manhã desta quinta (20), não ocorreu e está previsto agora para as 14 horas.
Em Maceió, Juventude do PT na rua contra o golpe.
#NaoVaiTerGolpe
#BrasildaDemocracia pic.twitter.com/wTM8FXwViM
— Paulão (@paulaodopt) August 20, 2015
BELÉM (PA) - Militantes contra o impeachment da presidente Dilma, que se reuniam no bairro Umarizal, começam caminhada pelas ruas da capital paraense.
CURITIBA (PR) - Algumas dezenas de pessoas, entre sindicalistas, estudantes e movimentos de luta pela moradia, se concentram na praça Santos Andrade, no centro. Com bandeiras e camisetas vermelhas, da CUT e do PT, gritam "não vai ter golpe". As faixas pedem "elite, vai pra Miami" e "terrorista é o [Eduardo] Cunha [presidente da Câmara]". Um grupo de cerca de 200 pessoas também protesta contra o prefeito Gustavo Fruet (PDT) e pede moradia.
Eles devem sair em caminhada pelo centro perto das 12h. A presidente da CUT-PR, Regina Cruz, espera a participação de 5.000 pessoas. Ela diz ser contra a corrupção e pede que todos sejam punidos, "de todos os partidos".
SALVADOR (BA) - Em protesto na capital baiana, sindicalistas da CUT defendem a presidente Dilma, mas também criticam o ajuste fiscal em curso no governo. Segundo a PM, cem pessoas participam da manifestação, que segue até a frente da Fieb (Federação das Indústrias do Estado da Bahia).
Presidente da CUT-BA, Cedro Silva, afirma que o protesto desta manhã é um "aquecimento" para as manifestações da tarde, que também devem reunir os movimentos negro, de mulheres, da juventude e de luta pela terra. "Não há motivo para impeachment da presidente. Ao contrário, do presidente da Câmara [Eduardo Cunha] que recebeu propina de US$ 5 milhões."
RIBEIRÃO PRETO (SP) - Membros do MST fazem caminhada em rua de Ribeirão Preto | Foto: Marcelo Toledo/Folhapress