Em atos pró-Dilma pelo país, manifestantes gritam 'fora Levy'

As manifestações convocadas para esta quinta-feira (20) por movimentos sociais que se opõem ao impeachment de Dilma Rousseff defenderam a presidente, mas atacaram o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Em São Paulo, os manifestantes, que se reuniram no largo da Batata (região oeste), vão até o Masp, na av. Paulista. Os protestos ocorreram nas capitais de 24 Estados, além do Distrito Federal. Apenas Rio Branco (AC) e Macapá (AP) não tiveram atos.

Já era previsto que as mobilizações criticassem medidas tomadas como o ajuste fiscal e a Agenda Brasil, pacote de medidas propostas pelo PMDB do Senado.

A CUT (Central Única dos Trabalhadores), a UNE (União Nacional dos Estudantes) e o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) estão à frente das manifestações, mas foram às ruas com pautas diferentes.

Ligadas historicamente ao PT, CUT e UNE protestam contra os pedidos de impeachment de Dilma. Para o MTST, a prioridade é criticar o ajuste fiscal e a Agenda Brasil.

Em várias cidades os manifestantes pediam, ao mesmo tempo, a saída do ministro da Fazenda e do presidente da Câmara: "Fora já, fora daqui, Eduardo Cunha, leva o Levy", era um dos gritos de ordem.

Se você está acompanhando os protestos, envie fotos e relatos pelo Whatsapp da Folha: (11) 99490-1649.

• 16h14  

  BALANÇO - Pela manhã, ao menos dez cidades, de dez Estados, receberam manifestações contra o impeachment nesta quinta-feira (20).
  
  Segundo números de organizadores, o maior ato foi na capital paranaense, onde 5.000 pessoas teriam participado da passeata (a PM estima o número de presentes em 600). Até agora, as manifestações foram realizadas em:
  
  * Belém (PA) - Organizadores dizem que houve 1.500 presentes --segundo a PM, foram 300.
  
  * Campo Grande (MS) - Mil pessoas, segundo a CUT (a PM não divulgou sua estimativa).
  
  * Curitiba (PR) - Cerca de 5.000 manifestantes, segundo organizadores. PM diz que foram 600.
  
  * Fortaleza (CE) - Organizadores estimam em mil presentes (PM não divulgou seu número).
  
  * João Pessoa (PB) - Manifestantes se concentraram no centro e partiram para Campina Grande. Não houve divulgação de estimativas.
  
  * Maceió (AL) - Organizadores afirmam que 3.000 pessoas participaram do evento. A PM não divulgou estimativa. * Petrolina (PE) - "Dezenas de manifestantes", segundo organizadores, participaram de passeata no centro da cidade pernambucana.
  
  * Ribeirão Preto (SP) - Cerca de 400 manifestantes fizeram marcha no município paulista, segundo o MST.
  
  * Rio (RJ) - Por volta de 300 pessoas participaram do ato na capital fluminense. A PM, que levou 55 homens para acompanhar a manifestação, não divulgou uma estimativa.
  
  * Salvador (BA) - Cerca de cem pessoas participaram do ato pela manhã. Outra manifestação está marcada para a tarde.

• 16h01  

  #BrasilDaDemocracia #PetroliaPE pic.twitter.com/5ABUOLq6Xb

  — Jussara Barbosa (@Jussara_BP) August 20, 2015

• 15h59  

  #BrasilDaDemocracia Concentração em Teixeira de Freitas, na Bahia, já inicia com centenas nas ruas! pic.twitter.com/RQt8JnSWcZ

  — MST Oficial (@MST_Oficial) August 20, 2015

• 15h58  

  ARACAJU (SE) - Organização diz que 3.000 pessoas participam de ato contra o impeachment de Dilma na praça General Valadão e seu entorno, na capital de Sergipe. A PM não divulgou estimativa até o momento. Evento é também ocorre em "defesa da democracia".

• 15h49  

  RECIFE (PE) - O protesto no Recife se diz "em defesa dos direitos e da democracia". Segundo o vice-presidente da CUT-PE, Paulo Rocha, o ato é contra o ajuste fiscal implementado pelo ministro Joaquim Levy (Fazenda) e contra pautas conservadoras do Congresso Nacional, como o projeto que regulamenta as terceirizações e o que reduz a maioridade penal.
  
  Há muitos manifestantes com roupas vermelhas, com camisetas da CUT, PT e PC do B e faixas pró-Dilma. A CUT trouxe ônibus do interior com manifestantes pra participarem do ato

• 15h47  

  

  RECIFE (PE) - Manifestantes se concentram na praça do Derby, zona norte do Recife, para ato contra o impeachment de Dilma | Foto: Patrícia Britto/Folhapress /Folhapress

• 15h39  

  RECIFE (PE) Manifestantes começam a chegar na praça do Derby, zona norte da cidade, para um ato em defesa dos direitos e da democracia. Organizam o protesto no Recife movimentos sociais como o Consulta Popular e o MST, centrais sindicais como CUT e CTB, e partidos políticos como PT e PC do B.
  
  Vendedores ambulantes também já estão esperando o início do protesto na praça do Derby, zona norte do Recife.

• 15h35  

  ARACAJU (SE) - Integrantes de movimentos sociais começaram por volta das 14h30 a se concentrar na praça General Valadão, na capital de Sergipe. A partir das 16h, está prevista a saída do grupo para uma caminhada pelo centro da cidade.

• 15h31  

  FORTALEZA (CE) - Diretora de Política Pública de Juventude da UNE, a estudante Ranyelle Neves diz que a mobilização é para exigir "politicas sociais mais fortes" do governo federal e criticar os ajustes propostos por Renan Calheiros (PMDB) por meio da Agenda Brasil. Segundo ela, "o governo Dilma é um governo que representa o povo, mas precisa tomar uma guinada à esquerda". Manifestantes em cima de carro de som comemoram investigação da Procuradoria-Geral da República contra Eduardo Cunha (PMDB). Eles gritam "Fora Cunha".

• 15h22  

  NATAL (RN) Manifestantes da CUT e do MST chegaram à avenida Salgado Filho, uma das principais da capital do Rio Grande do Norte, para um ato contra o impeachment. Uma das faixas diz "não vai ter golpe".
  
  No grupo, porém, há pessoas contra a presidente. Elilizama Lopes da Silva, 34, moradora de uma favela em Natal, foi ao local cobrar moradia do governo federal.