Duas ações policiais conjuntas mataram três homens que faziam reféns em locais distintos da França. Dois deles, os irmãos Said Kouachi, 34, e Chérif Kouachi, 32, são suspeitos de participar do massacre ao jornal satírico “Charlie Hebdo”.
O terceiro suspeito morto, Amedy Coulibaly, 32, invadiu um mercado judaico em Porte de Vincennes, em Paris, e também fazia reféns no local. Segundo a Reuters, o sequestrador e mais quatro reféns foram mortos.
Segundo a agência AFP, Coulibaly seria ligado a um dos irmãos Kouachi. Coulibaly era suspeito do assassinato de uma policial municipal francesa nesta quinta-feira (8), em Montrouge.
Bombeiros carregam homem ferido em ataque terrorista ao jornal francês "Charlie Hebdo" (foto: Philippe Dupeyrat/AFP)
Um advogado do jornal "Charlie Hebdo" informou à rádio France Info que quatro cartunistas do jornal foram mortos no atentado
O governo da França anunciou ter elevado o nível de segurança no país para o mais alto. A França já está em estado elevado de segurança após militantes islâmicos terem incitado ataques contra cidadãos e alvos franceses em resposta aos ataques militares da França contra redutos de islamitas na África e no Oriente Médio
O primeiro-ministro britânico David Cameron chamou o ataque de "revoltante" e expressou solidariedade à França na luta contra o terrorismo. "As mortes que aconteceram em Paris são revoltantes. Estamos ao lado do povo francês no combate contra o terrorismo e pela defesa da liberdade de imprensa", escreveu o mandatário na sua conta do Twitter. O ex-primeiro-ministro francês François Fillon classificou o ataque de "horror"
Veja o mapa do local do ataque, em Paris, na França (foto: Editoria de arte/Folhapress)
De acordo com a polícia francesa, três homens entraram na sede da publicação, fizeram disparos e depois fugiram em um carro dirigido por um quarto elemento do grupo. Eles foram até a região da estação de Porte de Pantin, no nordeste da cidade, onde abandonaram o veículo e sequestraram um outro, expulsando o motorista na rua
Bombeiros carregam homem ferido em ataque terrorista ao jornal francês "Charlie Hebdo" (foto: Thibault Camus/Associated Press)
Dois homens mascarados invadiram a sede do jornal às 11h30 no horário local (8h30 de Brasília). Eles utilizaram metralhadoras AK-47. Quatro pessoas estão gravemente feridas. O jornal "Charlie Hebdo" ficou conhecido por ter publicado caricaturas de Maomé, que ofenderam os fiéis muçulmanos e provocaram uma série de ameaças
O jornal já sofreu ataques por publicar caricaturas e líderes muçulmanos e do profeta Maomé. Em 2011, a redação foi alvo de um incêndio criminoso após ter publicado uma série de caricaturas sobre Maomé. O último tuíte da publicação é um cartum satirizando o líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi
Homens armados encaram policiais em viatura; eles seriam bando que invadiu jornal (foto: Anne Gelbard/AFP)