Duas ações policiais conjuntas mataram três homens que faziam reféns em locais distintos da França. Dois deles, os irmãos Said Kouachi, 34, e Chérif Kouachi, 32, são suspeitos de participar do massacre ao jornal satírico “Charlie Hebdo”.
O terceiro suspeito morto, Amedy Coulibaly, 32, invadiu um mercado judaico em Porte de Vincennes, em Paris, e também fazia reféns no local. Segundo a Reuters, o sequestrador e mais quatro reféns foram mortos.
Segundo a agência AFP, Coulibaly seria ligado a um dos irmãos Kouachi. Coulibaly era suspeito do assassinato de uma policial municipal francesa nesta quinta-feira (8), em Montrouge.
Sob alerta máximo para terrorismo, policiais fazem patrulha em torno da torre Eiffel (foto: Joel Saget/AFP)
De acordo com o jornal francês "Le Figaro", o cartunista Stéphane Charbonnier, conhecido como Charb e diretor da publicação, foi um dos assassinados. Outro cartunista morto foi Jean Cabut, que usa o nome de Cabu. Há relatos de que os atiradores estavam chamando as vítimas pelo nome, o que sugere que o ataque foi planejado com antecedência
Veja aqui a cronologia com polêmicas do jornal "Charlie Hebdo" e ataques à publicação
Chefes de Estado condenam ataque e mostram solidariedade à França. Leia aqui
Policiais examinam carro usado por atiradores (foto: Dominique Faget/AFP)
RESUMO
- De acordo com a polícia, três homens entraram na sede do jornal "Charlie Hebdo", em Paris, fizeram disparos e depois fugiram
- Ao menos 12 pessoas morreram no ataque
- A polícia ainda busca os criminosos pela cidade
- A cidade de Paris está em alerta máximo
- O presidente da França, François Hollande, disse não ter dúvida de que se trata de um ataque terrorista
Diretor e mais três cartunistas de jornal estão entre os mortos em ataque em Paris. Veja mais aqui
"[O atentado] é uma declaração de guerra. Os tempos mudaram, estamos entrando num novo período de confronto. Estamos horrorizados com a brutalidade e selvageria na redação do 'Charlie Hebdo'. A comunidade está atordoada", disse Dalil Boubakeur, reitor da mesquita de Paris, em entrevista para a rádio Europe 1
Um "ataque abominável" não só contra os cidadãos e à segurança da França, mas também à liberdade de imprensa e de expressão em uma cultura democrática. Com essas palavras a chanceler alemã Angela Merkel expressou a sua "consternação" em um telegrama ao presidente francês, François Hollande. A informação é da agência Ansa
Os Estados Unidos estão determinados a ajudar a França a prender e levar os responsáveis pelo ataque ao jornal "Charlie Hebdo" à Justiça, afirmou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest. Em entrevista ao canal CNN, ele afirmou que "a França é uma corajosa aliada e sabemos que não se intimidará com esse ato terrível". A informação é da agência Ansa