A presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB) participaram do terceiro debate antes do segundo turno da eleição presidencial. O confronto organizado pela TV Record foi apresentado pelos jornalistas Adriana Araújo e Celso Freitas.
O debate foi dividido em quatro blocos. O primeiro tem oito rodadas de confronto direto —com pergunta de livre escolha, resposta, réplica e tréplica. Com quatro rodadas, o segundo bloco terá o mesmo formato do primeiro. No terceiro, mais duas rodadas de confronto direto e no último os candidatos farão as considerações finais.
A transmissão da Folha foi comentada pelos colunistas Clóvis Rossi e Eliane Cantanhêde, além de contar com a participação dos jornalistas Natuza Nery, Daniela Lima, Cátia Seabra, que acompanham o debate nos estúdios, e dos repórteres Samantha Lima, Gustavo Patu, Paulo Peixoto, Fabio Takahashi, Mariana Carneiro e Johanna Nublat.
Dilma e Aécio durante o debate na Record; veja galeria de fotos
FOLHA COMENTA Segurança Paulo Peixoto - A integração entre as polícias, citada por Dilma, é apontada por especialistas em segurança como um dos principais motivos para a queda da violência em Minas até 2010; esse trabalho, no entanto, se perdeu, com desvalorização da Polícia Civil, principalmente.
Aécio Neves candidato do PSDB à Presidência Aécio diz na tréplica que quer se dirigir aos funcionários do Banco do Brasil e da Caixa: "Eles serão fortalecidos no nosso governo." Aécio diz que irá profissionalizar os Bancos e prestigiar os funcionário de carreira.
Clóvis Rossi Colunista da Folha Entram na roda os bancos públicos. Dilma procura mostrar que o PSDB despreza os bancos públicos, ao passo que seu governo os fortalece. É a velha tentativa de carimbar nos tucanos o rótulo de privatizadores. Funcionou uma vez (Lula x Alckmin em 2006). E agora?
Gustavo Patu Blog Dinheiro Público e Cia. Aécio faz referência às manobras do Tesouro Nacional para reforçar seu caixa atrasando repasses de recursos aos bancos públicos. Foram atrasados ou reduzidos pagamentos de subsídios agrícolas em operações do Banco do Brasil e recursos para o pagamento de benefícios sociais pela Caixa Econômica Federal.
Hoje a Folha mostrou que o desmatamento da Amazônia voltou a subir (http://t.co/3rJZaFm2UF). Será que nem assim esse tema entra no debate?
— Ricardo Mendonça (@RMendonca09) October 20, 2014
Dilma candidata do PT à Presidência Dilma diz que quem faz terrorismo é Armínio Fraga, quando diz que não sabe onde vai acabar os bancos públicos, e isso sim assusta os funcionários. Cita a importância do BNDES para as grandes industrias e empresas. Diz que para as pequenas empresas existe a linha de crédito "crescer".
Dilma, de novo, cita o Pronatec; saiba mais sobre o programa
Clóvis Rossi Colunista da Folha Dilma, que começou algo hesitante e gaguejante, está agora bem mais seguro, à vontade com o tema "bancos públicos" e com os números.
Eliane Cantanhêde Colunista da Folha Aécio falou aos funcionários do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do BNDES, que são redutos do PT. Fica claro que ele tem pesquisa mostrando que precisa neutralizar as versões da campanha do PT para essa área de bancos oficiais.
Dilma candidata do PT à Presidência Dilma, em uma nova pergunta, começa a falar do Pronatec. Ela disse que o governo FHC proibiu escolas técnas e que o Lula revogou a lei para fazer o Pronatec. "O que o senhor acha disso?"
Aécio Neves candidato do PSDB à Presidência Aécio diz que a lei estabelecia a construção de Escolas Técnicas em parceria com os Estados e Municípios. Diz que vai manter o Pronatec e que vai aprimora-lo e aumentar as horas do curso, para melhorar a formação dos alunos.
Clóvis Rossi Colunista da Folha Dilma puxa o tema Pronatec, justamente no dia em que surgiram denúncias sobre má gestão na área em reportagem da Folha.
Reportagem da Folha deste domingo mostra que auditoria aponta descontrole no Pronatec; leia mais
Dilma candidata do PT à Presidência Dilma diz que, quando o PSDB estava no governo, fez apenas 11 escolas técnicas.
Gustavo Patu Blog Dinheiro Público e Cia. Economistas ligados a Aécio são críticos do reforço dado pelo governo Dilma Rousseff ao BNDES, o banco oficial de fomento. Dilma repete que o desmonte da operação enfraqueceria o crédito aos investimentos.
Aécio Neves candidato do PSDB à Presidência Aécio diz que não foi o governo Dilma que inventou a Escola Técnica. O candidato diz que não existe nenhum programa perfeito, precisam ser melhorados.
FOLHA COMENTA Educação Fabio Takahashi - Dilma diz que o governo FHC proibiu a expansão das escolas técnicas, mas não é bem assim. O que ocorreu foi que a União só podia construir em parceria com Estados e municípios. Lula revogou essa norma e possibilitou a expansão por meio exclusiva do governo federal. Já Aécio cita avaliação da CGU (Controladoria-Geral da União) que apontou que não há controle eficiente das matrículas dos estudantes no Pronatec.
Acaba o segundo bloco. O terceiro e último terá dois embates entre os candidatos e as considerações finais
Eliane Cantanhêde Colunista da Folha Aécio já citou José Serra na Saúde e agora cita Geraldo Alckmin com programa de formação técnica. São Paulo vira vitrine dele, por vários motivos. Os dois principais: vitória dele no Estado, reeleição de Alckmin no primeiro turno, maior colégio eleitoral do país, berço de PSDB e PT.
Dilma surpreendeu a equipe que a prepara para o debate. No lugar de estudar perguntas e respostas exaustivamente, mudou de tática: mandou todo mundo embora porque queria descansar.