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Senadores sabatinam Alexandre de Moraes para vaga no STF; acompanhe
Após uma sabatina de mais de 11 horas de duração nesta terça-feira (21), a indicação de Alexandre de Moraes para o STF (Supremo Tribunal Federal) foi aprovada na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado por 19 votos a 7.
A votação do nome de Moraes para a vaga de Teori Zavascki na corte foi remarcada para esta quarta-feira (22), às 11h.
A sabatina começou às 10h14. Ao longo da sessão, Moraes procurou rebater polêmicas envolvendo seu nome. O primeiro tema polêmico enfrentado por Moraes foi a acusação de que havia advogado para a façcão criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), o que ele negou e explicou.
"Não tenho absolutamente nada contra aqueles que são, que exercem a advocacia dentro das normas éticas e legais em relação a qualquer cliente, inclusive o PCC. Jamais fui advogado do PCC e de ninguém ligado ao PCC", afirmou Moraes.
Nas demais perguntas, procurou ser breve nas explicações. Foram abordadas questões como a acusação de que ele copiou trechos da obra do jurista espanhol Francisco Rubio Llorente (1930-2016) e o fato de o escritório de advocacia de sua mulher atuar em casos que tramitam no Supremo.
Moraes respondeu às perguntas dos senadores sem tropeçar em frases controversas, como esperavam seus adversários. Evitou entrar em embates duros com senadores, não levantou o tom de voz nenhuma vez e preferiu passar rapidamente por perguntas mais ásperas, que poderiam lhe render algum desgaste.
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Magno Malta (PR-ES) insiste em perguntas, mas Moraes não se posiciona
Na réplica a Moraes, o senador voltou a questionar sobre aborto e legalização da maconha, pedindo que Moraes expressasse sua opinião.
O ministro, no entanto, se esquivou mais uma vez.
'Constituição não determina nem proíbe jogos de azar', diz Moraes
"Não é porque nós não temos jogos de azar que não temos lavagem de dinheiro", afirmou o ministro. Segundo Moraes, a questão deve ser tratada pelo Legislativo. "O mais importante é verificar o modelo a ser adotado".
Agora questionado pelo senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), Alexandre de Moraes permaneceu sem se posicionar a respeito da descriminalização de drogas.
Relator de processo contra Dilma e Temer acompanha sabatina
Às 18h30, o ministro Herman Benjamin, relator do processo que pode resultar na cassação da chapa Dilma/Temer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), chega à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) para acompanhar a sabatina de Alexandre de Moraes. É saudado pelo senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que está presidindo a sessão, e por Moraes.
Moraes é questionado por senadora petista sobre 'vazamento sutil' da Lava Jato
A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) questiona Moraes sobre o que classificou como "vazamento sutil" de informações sobre a Lava Jato. Ela fez referência ao episódio em que Moraes, ainda ministro da Justiça, estava em Ribeirão Preto (SP) no ano passado quando disse a manifestantes que "haveria mais Lava Jato" naquela semana. No dia seguinte, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci foi preso no esteio das investigações. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) já havia questionado Moraes durante a sabatina sobre o mesmo tema. O ministro licenciado da Justiça negou que tenha vazado informações.
"Caso seja aprovado pelo Congresso Nacional para o STF, o senhor não chega pela porta da democracia, o senhor chega pela porta de um golpe. E isso dói muito, revolta muita", afirmou Fátima Bezerra. "Sua indicação não é legítima, porque parte de um governo ilegítimo", completou a senadora.
(MARINA DIAS E DANIEL CARVALHO)Votação de Moraes em plenário fica para esta quarta-feira
A votação do nome de Alexandre de Moraes para a vaga de ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) foi remarcada para a manhã desta quarta-feira (22), às 11h.
Inicialmente, a intenção do presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), era realizar a votação ainda nesta terça-feira (21), logo após a votação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Acontece que a sabatina já dura mais de dez horas.
O presidente Michel Temer também queria que a votação acontecesse logo para poder definir o sucessor de Moraes no Ministério da Justiça.
(DANIEL CARVALHO E MARINA DIAS)Sabatina ultrapassa dez horas e meia de duração
Senadores que fazem seus questionamentos voltam a algumas perguntas já debatidas durante a sessão, como Lava Jato, temas indígenas, etc. Presidente da CCJ, Edison Lobão (PMDB-MA), chama a atenção dos parlamentares, bastante dispersos no plenário, com conversas paralelas.
Senador Paulo Paim (PT-RS) diz que não vai levar a discussão para o "debate político" e diz que não vê problemas de Moraes ter feito corpo a corpo com senadores antes da sabatina, o que foi caracterizado por alguns de seus colegas de oposição como "lobby".
(MARINA DIAS E DANIEL CARVALHO)Anfitrião de sabatina informal questiona Moraes
Depois de receber o ministro licenciado Alexandre de Moraes (Justiça) em uma sabatina informal em seu barco, em Brasília, o senador Wilder Morais (PP-GO) agora indaga formalmente o candidato a uma vaga de ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).
(DANIEL CARVALHO E MARINA DIAS)Peemedebista é o último senador a falar na sabatina
Último senador a falar, José Maranhão (PMDB-ES) faz uma deferência a Alexandre de Moraes e diz que o presidente Michel Temer "fez o certo" ao indicar o ministro ao STF. Maranhão disse que Moraes respondeu às perguntas de forma "segura" e "serena". "Não somo aqui [na CCJ] um grupo de amigos que se reúne para homenagear um amigo", disse o senador peemedebista. Ele diz que Moraes apresentou "um relatório seguro" ao colegiado sobre sua condição de jurista experimentado no governo de São Paulo e de Temer.
(MARINA DIAS E DANIEL CARVALHO)Indicação de Alexandre de Moraes ao STF é aprovada pela CCJ do Senado
Após uma sabatina de mais de onze horas de duração nesta terça-feira (21), a indicação de Alexandre de Moraes para o STF (Supremo Tribunal Federal) foi aprovada na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado por 19 votos a 7.
Foram 26 votos, dos 27 integrantes. Gleisi Hoffmann (PT-PR) se declarou impedida de votar.
A votação do nome de Moraes para a vaga de Teori Zavascki na corte foi remarcada para esta quarta-feira (22), às 11h.
Inicialmente, a intenção do presidente do Senado, Eunicio Oliveira (PMDB-CE), era realizar a votação ainda nesta terça-feira (21), logo após a CCJ. Acontece que a sabatina foi longa, com mais de onze horas de duração e perguntas de 32 senadores.
A votação foi secreta.
O presidente Michel Temer também queria que a votação fosse mais rápida –já nesta terça– para poder definir o sucessor de Moraes no Ministério da Justiça. Após a negativa do ex-ministro do STF Carlos Mário Velloso para a vaga, na semana passada, Temer adotou cautela e disse que só iria se decidir sobre a nova indicação para a Justiça após a aprovação de Moraes ao STF na sabatina.
(MARINA DIAS E DANIEL CARVALHO)Encerrada a cobertura ao vivo da sabatina de Alexandre de Moraes na CCJ do Senado. Nesta quarta-feira (22), a votação no plenário da Casa acontecerá ás 11h. Acompanhe em "Poder". Obrigada!