Por enquanto, o conselho discute questões acessórias. Aliados de Cunha dizem que Onyx Lorenzoni (DEM-RS), provável voto contrário ao peemedebista, registrou presença antes de outros deputados, furando a fila formada fora da sala da comissão.
Como todos esses são suplentes, a ordem de chegada é importante para definir quem vai votar no caso de ausência de algum titular.
A sessão já começou.
O clima é de tensão entre os três deputados federais do PT que participam da sessão. O deputado federal José Geraldo (PT-PA) circula pelo plenário e conversa ao ouvido com aliados do peemedebista, como Paulinho da Força (SD-SP) e Jovair Arantes (PTB-GO).
O deputado federal Leo de Brito (PT-AC) também levantou mais de uma vez de sua cadeira para falar com Hugo Motta (PMDB-PB), outro aliado do presidente da Câmara dos Deputados.
Sob pressão do Palácio do Planalto, os três petistas consideram votar pelo não prosseguimento do processo para evitar que o peemedebista deflagre processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
A sessão teve um bate-boca antes mesmo de começar. Na chegada ao plenário, os suplentes Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e Sérgio Moraes (PTB-RS) trocaram acusações e ofensas sobre quem havia entrado antes e tinha preferência em uma eventual votação. Moraes entrou antes de Onyx no plenário, mas o segundo registrou presença primeiro.
"Isso não é coisa de homem, é de vira-lata", afirmou Moraes em referência a Onyx.
Os deputados federais são suplentes do mesmo bloco, formado por siglas como PMDB, PTB e DEM. A ordem de chegada de define o suplente que poderá participar da votação caso algum dos titulares falte.
A tendência de voto dos deputados federais é oposta: enquanto Moraes é favorável à salvação de Cunha, Onyx poderia seguir a orientação do DEM e votar pelo prosseguimento do processo de cassação.
Na hora marcada para o início da sessão (14h30), apenas 5 dos 21 integrantes titulares do Conselho de Ética marcaram presença.