Publicidade

Bancada do PT deve votar contra Cunha na Comissão de Ética




A reunião do Conselho de Ética da Câmara para decidir se dá sequência ao processo contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que pode resultar em sua cassação, foi adiada para a próxima terça-feira (8). Inicialmente marcada para terça (1º), a sessão foi adiada para quarta (2) e postergada mais uma vez por conta de uma sessão conjunta no Congresso para discutir a mudança da meta fiscal do governo para 2015

Apresentado pelo PSOL e pela Rede, o pedido visa a cassação do peemedebista por quebra de decoro parlamentar por obtenção de vantagem indevida e por ter omitido, em sessão da CPI da Petrobras, ser beneficiário de contas secretas no exterior.

Cunha nega irregularidades e acusa o governo de conspirar contra ele.

Advogado de Cunha, Marcelo Nobre diz que o deputado é vítima de "delação torturada" e que denúncia não é prova.

Vários delatores da Lava Jato acusam o presidente da Câmara de integrar o petrolão. Cunha foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República sob a acusação de participação no esquema de desvio de recursos da Petrobras.

O petista Zé Geraldo (PA) afirmou que os três integrantes do partido estão votando com "a metralhadora no pescoço" e confirmou que o governo está sendo chantageado por Cunha. Ele admitiu que pode fechar um voto de bancada pra salvar o peemedebista com o objetivo de evitar o impeachment contra Dilma Rousseff.

"Estamos votando não com a faca no pescoço, mas com a metralhadora no pescoço, todo mundo sabe que o Cunha trabalha com essa arma. A metralhadora está na mão do Cunha", disse.

Nenhum dos petistas apresentou voto ou falou na comissão nesta terça. Já Rui Falcão, presidente do PT, recomendou a eles que votem contra Cunha.

Confira como foi as sessões desta terça (1º) e quarta (2).

Ordenar: Recentes
Atualização Automática: Ligada| Desligada
  • 16h09  

    Em discurso em defesa de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o advogado argumenta que as contas secretas no exterior estão em nome dos familiares do peemedebista, e não dele. "Esse é um Conselho de Ética da Câmara dos Deputados e os familiares do deputado federal não estão aqui para responder a uma representação", disse.

    Ele disse ainda que a representação do PSOL e da Rede pela cassação do peemedebista é baseada em "delações torturadas", em uma crítica ao estatuto da delação premiada, utilizada no rastro da Operação Lava Jato.

    "As delações torturadas não fazem prova de nada", disse.

  • 16h08  

    "Não tenho dúvida que a Receita Federal fará 'instrução normativa Eduardo Cunha', mas por enquanto, não há. Meu cliente está correto", afirmou.

    O advogado afirma que todas as contas que ele possui estão declaradas em seu Imposto de Renda.

  • 16h07  

    "Não existe lei brasileira que exija que qualquer cidadão tenha que declarar valores na mesma situação de meu cliente. Como então obrigar alguém a fazer algo que a lei não obriga?", questionou.

  • 16h06  

    Nobre diz que não há, na lei brasileira, regra que obrigue cidadão brasileiro a declarar valores no exterior "na forma como o do meu cliente".

    "Não tem essa possibilidade", afirmou.

  • 16h03  

    O advogado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Marcelo Nobre, defende o arquivamento do processo de cassação do peemedebista.

    "Denúncia não é a prova. Quantas denúncias são propostas no Brasil e não são acolhidas por magistrados?", disse. "Não podemos politizar a Justiça usando uma denúncia que não traz prova de nada", acrescentou.

  • 16h00  

    O advogado de Eduardo Cunha, Marcelo Nobre, inicia sua defesa e afirma aos deputados: "Vossas excelências sabem que denúncia não prova nada [...]. Nunca, jamais, podemos usar uma denúncia como prova, sem o devido processo legal", dizendo que o deputado não foi condenado pela Justiça.

  • 15h54  

    Imagem

    Deputado Onyx Lorenzoni (no telão) rebate acusações de que furou a fila da Comissão de Ética da Câmara | Crédito: Ranier Bragon/Folhapress

  • 15h54  

    O presidente do Conselho de Ética da Câmara, José Carlos Araújo (PSD-BA), envolveu-se na discussão sobre a ordem de presença no órgão parlamentar. Em resposta ao deputado federal Vinícius Gurgel (PR-AP), que questionou a presença de Onyx Lorenzoni (DEM-RS), o presidente ordenou a Gurgel que acatasse a sua decisão.

    "Quando vossa excelência chegar ao cargo de presidente da Comissão de Ética, poderá tomar a decisão que preferir. Então, acate a minha ordem", afirmou.

  • 15h53  

    O presidente do Conselho mantém a inscrição dos deputados: ou seja, Onyx votará em caso de ausência de algum titular do bloco a que ele pertence.

  • 15h50  

    Imagem

    Os três integrantes titulares do PT conversam, minutos antes do início da sessão. De pé, Zé Geraldo (PT-PA) | Crédito: Ranier Bragon/Folhapress

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade