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A rápida queda no valor da moeda chinesa --por volta de 4% nos últimos dois dias-- é tratada como um duro golpe ao apetite por ativos de risco no mundo todo, com ações, moedas e commodities sob pressão de vendas enquanto os gestores de capitais temem que isto possa iniciar uma guerra cambial que pode desestabilizar a economia global
Nesta quarta-feira, o banco central da China definiu a taxa média do yuan ainda mais baixa do que a taxa do fechamento do mercado na terça-feira, que já havia caído acentuadamente após a China desvalorizar sua moeda em quase 2% em um movimento surpresa. O banco central havia atribuído a mudança de terça-feira a uma reforma de livre mercado, mas especialistas suspeitam de que isso pode ser o começo de uma desvalorização de longo prazo nas taxas do câmbio, direcionada para tornar as exportações chinesas, em dificuldade, mais competitivas
12/08 - Bom dia! As Bolsas asiáticas recuaram na quarta-feira, assim como o preço das commodities, após a China permitir que o yuan se desvalorizasse consideravelmente pelo segundo dia consecutivo, forçando investidores a buscar refúgio no porto-segura em títulos de dívida governamental. O índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção das do Japão, recuou 1,8%
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As Bolsas americanas fecharam em baixa também afetadas pela decisão chinesa de desvalorizar o yuan. Dow Jones, principal índice de Wall Street, teve queda de 1,21%, para 17.402 pontos. O S&P 500 se desvalorizou 0,96%, para 2.084 pontos. O índice da Bolsa de tecnologia Nasdaq fechou com queda de 1,27%, para 5.036 pontos
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, comentou nesta terça-feira o corte da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de risco Moody's. "Eu acho que a declaração da Moody's explica exatamente os pontos que ela achou relevante, é uma declaração bastante detalhada, transparente, e que eu acho que dá indicação das prioridades que a gente tem que ter em relação a manter a qualidade da nossa dívida pública", disse o ministro Leia mais
As ações da Petrobras fecharam o dia em baixa. As ações mais negociadas da petrolífera tiveram desvalorização de 1,21%, para R$ 9,83. Os papéis ordinários -com direito a voto- caíram 0,36%, para R$ 10,97. As ações da BB Seguridade subiram após a empresa informar que fechou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 1,215 bilhão, alta de 44% sobre o resultado positivo obtido um ano antes. A alta foi apoiada no efeito do aumento de juros da economia nas aplicações financeiras da empresa. Os papéis sofreram valorização de 1,88%, para R$ 32,50
A decisão chinesa teve reflexo nas ações da mineradora Vale, que fecharam o dia com desvalorização. Os papéis preferenciais registraram baixa de 5,11%, para R$ 14,66. As ações ordinárias caíram 3,88%, para R$ 18,60. Papéis de siderúrgicas também foram afetados pela decisão. As ações da CSN caíram 3,75%, para R$ 3,85, enquanto as ações da Gerdau cederam 2,98%, para R$ 5,86. As ações preferenciais da Usiminas fecharam o dia em queda de 3,32%, e os papéis ordinários caíram 2,08%
A medida adotada pelo governo chinês fez com que as principais Bolsas do mundo fechassem em baixa e provocou a valorização do dólar frente às principais moedas emergentes, com os investidores saindo de ativos mais arriscados e migrando para a moeda, considerada segura. A divisa americana se valorizou em relação a 23 das 24 principais emergentes. Isso ocorre porque muitos países emergentes dependem da demanda chinesa por commodities
Para Ignácio Rey, da Guide, o anúncio causa preocupação de que a economia chinesa esteja sofrendo uma desaceleração mais forte que a esperada pelo mercado. "O governo pode estar vendo algo que a gente não está vendo. Gera um nervosismo no sentido de saber como está realmente a economia da China. O governo olha algo que preocupa e tenta se precaver de uma desaceleração mais forte", ressalta
Atualizado em 29/11/2024 | Fonte: CMA | ||
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