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As Bolsas de valores dos Estados Unidos se recuperaram na parte da tarde e fecharam perto da estabilidade nesta quarta-feria, com a melhora do desempenho de ações de energia e da Apple ofuscando o contínuo temor com a desaceleração da China. O índice Dow Jones fechou sem variação ante o pregão de terça-feira, aos 17.402 pontos. O S&P 500 teve oscilação positiva de 0,1%, a 2.086 pontos, e o indicador de tecnologia Nasdaq subiu 0,15%, a 5.044 pontos
As ações da mineradora Vale, que abriram em baixa sob impacto de China, fecharam no azul. Os papéis preferenciais subiram 1,64%, para R$ 14,90, e os ordinários encerram em alta de 1,72%, para R$ 18,92. As ações da Petrobras também subiram, após a Moody's manter o rating da empresa, incluindo o rating de dívida Ba2, com perspectiva estável. Os papéis mais negociados da petrolífera subiram 0,51%, para R$ 9,88. As ações ordinárias tiveram alta de 0,55%, para R$ 11,03
No parecer, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) aceitou parcialmente emendas que pedem a redução do crédito presumido do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para empresas envasadoras de bebidas instaladas na Zona Franca de Manaus. Com a perspectiva de taxação maior, as ações da Ambev fecharam o dia com desvalorização de 3,63%, para R$ 18,84
A queda ocorreu após a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) propor a elevação da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) das instituições financeiras de 15% para 23%. A proposta consta em relatório à comissão mista do Congresso que avalia a Medida Provisória 675
A desvalorização das ações de Itaú Unibanco, Bradesco e Ambev —que detêm 28,5% do peso do Ibovespa— pesou nesta quarta-feira. Os papéis do Itaú Unibanco fecharam em queda de 2,88%, para R$ 27,68. As ações preferenciais do Bradesco cederam 3,21%, para R$ 24,75, enquanto as ordinárias caíram 2,66%, para R$ 25,95
Os investidores acompanham também o cenário político do país. As atenções começam a se voltar para as manifestações de domingo contra o governo, afirma Marcio Cardoso, sócio-diretor da Easynvest. "A passeata tem um peso relevante, pois vai demonstrar o grau de insatisfação da população de uma maneira geral. Principalmente se isso ficar mais evidente nos Estados do Norte e Nordeste, tradicional reduto do governo", afirma
Apesar do voto de confiança da Moody's, a situação do país é complicada, diz Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora. "Estamos na linha d'água no que diz respeito ao rating soberano. Qualquer corte além do patamar atual o barco afunda", diz. "O mercado não quer ser surpreendido, por isso tem operado no limite, próximo a R$ 3,50, porque viu que o Banco Central aumentou a rolagem quando o dólar começou a subir além desse patamar", afirma Galhardo
A decisão da Moody's de rebaixar a nota de crédito do país e de colocá-la em perspectiva estável foi vista como uma nova oportunidade para o governo conseguir aprovar os ajustes fiscais, afirma Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil. "O mercado esperava um corte que tirasse o grau de investimento do país. Ao colocar a nota em perspectiva estável, a Moody's deu um tempo a mais para o governo tentar se recompor e levar adiante um ajuste fiscal mais crível que leve a dívida pública para uma trajetória sustentável", avalia
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, encerrou o dia com desvalorização de 1,39%, para 48.388 pontos, no menor patamar desde 10 de março, quando o índice fechou em 48.293 pontos
Atualizado em 29/11/2024 | Fonte: CMA | ||
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